Hoje sou assombrado com memórias de alguém passado,
Sou apresentado com imagens que vivi e que pus de lado,
Dias passados em que o Sol cobria a superfície que pisava,
Dias em que eu não sabia que o que via era o que precisava,
Um sítio onde não conseguia aguentar as pessoas que o habitavam,
Um sítio a que apenas a uma pessoa pertencia mas tantas lá permaneciam.
Uma pessoa pessoa que de todas as outras sobressaiu e restou,
Um presença forte que na minha mente achou um canto e ficou,
Memória escassa que de forma contínua me ilude o pensamento,
Trazes-me imagens daquela que ainda penso por um momento
E que depois me abandona como alguém do passado que insiste em voltar
E que rapidamente voltou a perder e não me consigo perdoar
Por acções infantis para com aquela que já me sorria
Ainda não sabia ela que nada de mim se aproveitaria.
Mãe de mães que comigo já não estás,
Filho da tua filha, assim me recordarás
Nos dias em que te encontrares perdida
Nesses corredores vazios a pensar na vida.