segunda-feira, 2 de outubro de 2017

De ninguém




Voltarei para perto de ti já, linda que não é de ninguém,
Tu que me prestas abrigo do frio e vento lá fora,
Tu que me seguras a mão quando nos deitamos a ver estrelas.
Venho de casa deserta, deserto de afeição,
A relembrar da tenebrosa solidão,
Sem conseguir esquecer que um dia soube lidar com ela.
Mas de ti me lembro quando ando ao relento
E das noites que passámos juntos ainda relembro
Do quente do teu corpo, do suave da tua pele, da tua companhia.
Nem tudo é físico, nem tudo é sexo, há amor por explorar,
Se lutares por ti lutar por novamente amar,
Há tempo para perder, o passado é para esquecer.
Sinto química no entrelace das mãos
E em todos os suspiros vãos,
Mas de ninguém és, de ninguém preferes ser.

The Dead Weather - Will There Be Enough Water