terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Madalena (em meu prol)

Derrama as lágrimas uma vez mais, pois o tempo que já se tardou a passar não vai voltar.
Desiste de tudo o que te parece carnal ou impuro pois tudo é perfeito na escuridão do paganismo.
Acaba com a tua vida pois o teu objectivo cá é apenas chorar e nunca sarar.
Olha para o Sol poente e percebe que tudo acabou, a tua única salvação, o satanismo.

Procura noutros a verdadeira resposta para a pergunta por ti colocada.
Sentes-te nua, sentes-te perdida, sentes-te deslocada, puramente tocada.
Rejeita todas as ideias que te vêem à cabeça e esvazia o teu ventre.
Esquece a descida do anjo, deixa que o meu demónio entre.

Possuindo, acolhendo por entre as árvores,
Observados por pequenos do povo da Montanha,
Enquanto nos tornamos Deusa e Deus,
Gerando o seguimento pagão e todo o destronamento a que lhe venha.

Madalena, seduzida por todas as razões erradas,
Mulher de Jesus Cristo, perdida, é assim que sofres,
Quando todas as desculpas e piedades forem usadas,
Chega o tempo pecador, pagão ou satânico, em que morres. (em meu prol)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Droppin Mask

Bem, cá estou a sentado, não tão melancólico como ontem, ou seja, não tão inspirado como ontem para escrever um texto como este. Que tipo de texto é este, vocês perguntam. Bem, leiam para descobrirem (obviamente).
Ao ver o belo e muito concorrido blog do grande Ricardo e a foto que ele pôs com o Tiago, lembrando-se daquele dia que eu não sei qual foi pois não estava lá, pôs-me o suficientemente dramático para uma coisa destas (se bem que já estou a ficar velho para isto). Posso dizer que de facto tenho imensas saudades do Ricardo, de lhe mostrar o que evolui e já devia ter evoluido na guitarra, as músicas que tenho feito que, na minha modesta opinião, têm aumentado de qualidade, de lhe ter falado de problemas com fêmeas ou falta de problemas, talvez facilidades a mais, inclusivamente. Sinto basicamente falta de tudo mas tirando a minha parte egoísta por momentos, sei que aquilo que ele fez foi o melhor para ele e nada melhor de que a sua felicidade e bem estar lhe desejo. Daí a continuar a apoiar a sua viagem e a acreditar que o dia em que ele voltará está para breve. Tal como o Tiago disse ao Daniel, este que estava numa fase de negação na altura, (o Tiago) tentando persuadir o Daniel a vir à despedida do Ricardo (mais uma vez, a fase de negação do Daniel), o medo de que o Ricardo decida ficar por lá porque se ambientou àquele lugar, isto também conhecendo um pouco do Ricardo (e o Tiago melhor que eu, o que me aumentou o medo), ficou à beira da pele enquanto ele me dizia as últimas palavras naquela noite.
Relembro também a emoção que correu na face enquanto escrevia um texto deveras profundo para o Ricardo, aqui neste blog, tentando dizer umas últimas palavras que lhe deveria ter dito nessa manhã mas que simplesmente fui demasiado egoísta, por assim dizer, para as pronunciar. É claro que vim a saber que ele próprio ficou emocionado ao ler o texto, algo que me deixou feliz em parte, mas também um pouco abatido porque não queria propriamente deixá-lo assim antes de ele ir :D (não que a minha irmã Sónia não chegasse, óbvio). Penso que ficam aqui recordadas algumas coisas (poucas) que me passaram pela cabeça quando li aquele texto.

Ainda me senti pior por não te ter dado os parabéns no dia certo, mais uma vez, desculpa.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Minus sobrium

Esqueci-me de como se respira... No entanto, mantenho-me aqui, nesta fase inútil do dia, aquele em que fico parado horas e horas na minha cama a pensar no que não existe e no que nunca vai existir. Fico aqui porque a tarefa de abrir os olhos e ver o mínimo de luz é já algo que me repugna, é algo que me demonstra que estou na minha realidade, não nos meus sonhos. Por isso, volto a fechar os olhos, absorvendo a música que parte o silêncio em que pequeno pedaços cortantes de imaginação. Adormeço novamente.
Esqueci-me de respirar... No entanto, hoje sinto-me capaz de fazer tudo, concretizar aquilo que apenas desejo em sonhos. A falta de energia encoraja-me, os dedos, ainda trémulos, arranjam forças inimagináveis para segurar a minha cabeça enquanto caio num abismo profundo de realidades perdidas, hipóteses que nunca tiveram tempo de serem exploradas, palavras nunca ditas. Tudo memórias inacabadas. Estou a matar-me lentamente com estes desejos, com estas melancolias que duram dias sentado no escuro, isolado, perdido em mim. E apenas agora, não tão sóbrio como estava há 20 minutos atrás, me apercebo do que realmente me falta. Mantenho-me no topo da minha estupidez, onde os pensamentos do nada predominam.

What do you become?

What do you become when you can't trust anyone, even yourself?

A little detail can determine a death, a little gesture can help, save a life but all becomes another ending day, another cry in bed, another cut in the wrist for a lost friend.
You feel like you can't walk alone, but you cannot stand the noise of the silence between you and the guy next to you. The world causes you anger and in front of you are just eye confrontations, future fights, tears and blood spilled for the failure of the being that you are.
Sleep now my child, for your ruin is someone else's luck, your misery is another being's laugh, the sadness in your eyes and the pain in your wrists is a little child's beautiful and innocent smile, unaware of your grief and death. Quit the melancholic drinking, the day dreaming, the isolation that you put yourself through just to get a little attention. Then wake up for your turn to glow, to ding, to laugh and to smile so innocently. Leave the anger and grudge behind and see someone waiting for you, that angel that has become your life and that will soon take all your strength away with a simple kiss, a sign of her love for you. But beware the darkness, it may destroy you.
Speak the words to come trough the day with a light-head feeling, the sensation that someone is going to be there when you arrive home, when you sleep, when you wake up and when you quit the fight. Hear the rain falling down outside, the wind bringing you news of your lover, the sleep makes the dreams show you her images. Once again, in the dark, you smile. Congratulation for your happiness.
She's gone. The pain, the cry, the ruin and misery, the darkness are back. You had forgot them right? They haven't forgot you. They'll always be by your side, like your bestfriend's. Strange as it is, it is true. Embrace them, my child.

What do you become when you can't trust anyone, even yourself? Well, you become part of me.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Palácio do Silêncio

Onde estás?

Estou na escuridão, observando tudo na minha forma tímida, com medo de te dizer tudo o que me farto de repetir. Nunca me farto desta imensidão obscura, o meu palácio de silêncio que ecoa a tristeza e a dor que me corre no interior. Quero falar-te palavras de consolo, quero proferir belas palavras para te fazer sorrir mas também a tua dor ecoa para muito fora do teu palácio, ecoando mais alto que a minha dor, tomando conta do meu palácio.

Porque ainda aí estás?

Porque a incerteza mantém-me firme na minha solidão do ser e da alma, porque o teu fim, apesar de me ter aberto uma janela de esperança, também me retirou o à-vontade e a sensação de superioridade que tinha ao pé de ti. Também porque me parece que estas palavras são simples palavras mortas que nunca vão conseguir penetrar no teu coração, voltando-te como centro de calor para mim. Então cá me mantenho até ao dia em que perceberes ao que me refiro. Aí fechar-me-ei mais a menos que não o queira se me abraces para algo mais.

Um abraço eterno...

e um ser estranho que és mas que eu constantemente adoro. Até ao dia em que voares até mim, cá ficarei, no meu palácio de silêncio.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Alter ego, mutanti

Te amicissime quotidie magis amplecitur...

É verdade, tudo o que te digo, tudo o que já te disse, tudo o que nunca te direi. A história é a mesma, as palavras são repetidas vezes sem conta, procurando um verdadeiro significado em si próprios já que nunca conseguem realmente expressar por completo o que me vai na alma, aquele sítio frio em que costumavas gostar de habitar, aquele sítio que aquecias apenas com puras palavras por meio de cabos e electricidade, meios fora do nosso controlo mas com destinos nas nossas mãos. O fogo ardia então, ardia com tal força que o sentia até mesmo de ti. Para onde foi esse fogo? Como conseguiste tu extingui-lo? Ensina-me para que eu próprio o consiga extinguir também.

Mutatis mutanti...

Revivendo o tempo perdido. Recuperando o esquecido solitário que se aguentou tão bem e que tanto se desenvolveu sozinho antes de te conhecer. Antes, de facto. Antes de se ter apaixonado ao ponto do arrependimento, antes de se ter deixado ir por uma leve e livre corrente que se via a ganhar força nos teus olhos. O vento trazia palavras tuas, o sol apagava-se perante a tua visão no horizonte pois só tu conseguias cegar-me com a tua beleza. Tudo o resto era fútil, tudo o resto era desnecessário, peso morto e dispensável. E quando a tua visão não era o que se mexia no horizonte, era a minha mente que se ocupava de me cegar com as memórias de ti, da noite mágica me que te conheci na casa do meu inimigo, teu venerado. Tudo memórias, nada mais.

Alter ego...

Alter ego, diz-me que o sofrimento é desnecessário. Apenas uma palavra no momento certo, apenas um olhar, um gesto, uma lágrima, um única palavra e tudo pelo que sonho e sonhei, tudo o que já outrora tive, volta para mim, assim como o mar enraivecido toma conta da terra com apenas um ataque, guiado pela força lunar, sempre tão poderosa. Traz-me de volta a escuridão que está tão lentamente a regressar, juntamente com o ódio. Traz-me de volta a vontade de te escrever, de falar palavras incomunicáveis que te fazem sorrir, mesmo quando a tempestade nos teus olhos morreu. Prova-me que tudo o que sinto é verdade. Prova-me que tudo o que digo e que (te) escrevo é a realidade em que ambos vivemos. Faz com que o circulo de álcool pare pois a mágoa desapareceu. Apenas uma palavra e serás minha outra vez. Mata-me o medo.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

How long?

Where are we now? Let me proclaim myself, express what comes inside to outside, burning, destroying, damn all the things about you that I love almost as much as you. Damn this day that seems to pass slower than usual, always with your image in my mind. The words that I want to tell you are becoming burdens in my shoulders. I just want to call you, today I can do it freely, tell you everything. But I would just ruin all you have. I'm awaiting for you. Sooner or later, I'll have the answer to all my question and doubts, even that it destroys me and my life. I'm satanic, you fuckin christen bitch, continue to love me as I love you. I know that you did it once, you still do, I'm just not sure that you love me more that everyone else.
I hate the world. I hate the humanity. I hate all my words, and thoughts, my own and impure existence. I hate you all, I couldn't hate this feeling anymore even if I tried. I'm an hypocrite narcissistic motherfucker, I only mind myself, that was until I saw you. Damned night that you appeared in my field of vision, blinding me with your beauty. You are the vision in my dreams, when I'm alone in this island of rainy ideas. I miss that day, those times, even if I don't know all the things that are still to happen. I want to go back into being happy with you, even if it was only one night... one magic night. And if it continues to be only one night, I know that that was the night of my life... with you.
Where are you now? You're in my mind, you're in my soul, you occupy my heart. You're the dead that only speaks to me in dreams. Congratulations, you've became my life and my curse. And still you're distant. How long?

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Absolutamente vencida

As tuas palavras,
Cortantes,
Os teus suspiros,
Mudos.

Os ventos que lavras,
Distantes,
Os teus gritos,
Insucedidos.

Todo o teu tempo,
Gasto,
Todos os teus choros,
Inúteis.

Deitas-te ao relento,
No nosso espaço vasto,
Observando os voos,
Todos fúteis.

Desistes da luta,
Enfraquecida,
Dizes que cada uma trava a sua,
Absolutamente vencida.

I feel nothing more than dispite for you...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Recurso do orgulho

Imortaliza a tua verdade pois ela constituirá a tua imortalidade e a tua inocência. É possível perdermo-nos em nós próprios mas será mesmo necessário que haja alguém que nos resgate desse mar de egoísmo em que nos afundamos cada vez mais fundo? Será o romance assim tão necessário à vida para que tudo volte ao normal quando alguém está ao nosso lado ou que tudo fique tão morto e depressivo quando nos deitamos sozinhos na cama e nos apercebemos de que somos nós os nosso únicos amantes nesta noite? Continua abstraído de todas essas questões e problemas, romances platónicos ou simplesmente atracções físicas exuberadas pela constituição humana, tal como eu vos criei. Pecados, verdadeiras falhas.
A alma mantém-se muito após a morte do corpo. Aquele suspiro sorrateiro que a Morte faz no momento em que nos encontramos na nossa mais pura fragilidade. Demonstra a tua revolta contra impotência do espírito lutador, aquele que persistiu durante toda a vida mas acabou por ceder ao ultimo suspiro. Abandonaste a nossa causa na tua revolta e encontras-te agora só, marginalizado, não pertencendo aqui mas continuando a ser o dono do teu mundo. Fechas-te em ti. Agora torna-se tudo uma questão de orgulho e desespero. A depressão começa a tomar lugar na tua mente e tu cais no teu único e inigualável choro. Encontra na escuridão o conforto que nunca achaste que irias sentir na tua vida humana. Fica então contente, não estás sozinho.
Guarda a tua insanidade para ti próprio. Esconde-te nas sombras onde nenhum rosto humano te veja, te reconheça e te pergunta porque choras, com toda a sua falsa preocupação e carinho que já é característica própria de nascença de qualquer pessoa. Reserva-te de toda a humanidade que te envolta pois os seus corações são negros e os seus objectivos ainda mais obscuros são. Apenas procuram denegrir-te, humilhar-te, fazer-te esforçar-te por qualquer coisa na vida para que morras sem teres feito a menor das diferenças no futuro do planeta. Espera. Espera mais um par de anos para veres as consequências destes actos irreflectidos do ser humano através do tempo e através do espaço. Ninguém te consegue apontar o dedo quando o medo está estampado no teu rosto. Percebes o que te digo ou continuas no mar de egoísmo?
Isola-te pois a única coisa que te pode salvar da eterna maldição do teu ser és tu próprio. Deixa de procurar o conforto e o calor dela. Ela já partiu, para nunca mais vai voltar. E se isso te faz chorar, que voltes para as sombras onde poderás sempre sentir a sua presença pois a sua alma estará para sempre contigo, através da luz do Sol, no meio da multidão, ou iluminado pelo luar, correndo para o abrigo das sombras, as tuas verdadeiras amigas. Não só a verdade doi, também a ilusão ajuda a levantar-nos de manhã. Despede-te de toda a preocupação pois o teu mundo e o teu universo acabam hoje, com a visão brilhante da Deusa sobre os teus olhos. Agradece a tua ultima bênção e corre para ela. Fica contente enquanto que eu aguento o fardo da vida tendo em conta a distância da minha própria deusa. Despeço-me de ti com tristeza meu amigo, até à próxima.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Escritos da alma

São 3 e meia da manhã. Deixas-me louco, será que reparaste?

Mãe, Pai, estou louco. Tenho esta coisa dentro de mim que não se afasta nem morre, apenas engana e faz sofrer. Sei que pareço melodramático em demasia mas ainda não adormeci e já estou nesta cama há 3 horas. O calor já é tanto entre os lençóis que já só tenho uma peça de roupa vestida. Mas é claro que vocês sabem disso, porque vos apanhei a observarem-me na escuridão. Um segundo e desapareceram. Óbvio. Devo confessar-vos que me sinto perdido, fraco de tanto a querer e a minha consciência gritar que não posso, não agora. Ela está feliz agora, não posso ser eu a estragar isso. Apesar de ela me ter dito que nada mudou, coisa essa que eu já sabia, pelo menos da minha parte. Estamos ligados há tanto tempo que eu já devia saber que o mesmo está a acontecer a ela. Por essa mesma razão eu sei que estaremos juntos outra vez, pela força superior das nossas almas ligadas.

Mãe, Luna, Pai, Morte, continuo louco, ainda o estou mais por escrever estas palavras. Quem ditou que tudo deveria ser assim? Certamente eu, no Início, criando a alma dela tão bela, tão pura, tão poderosa que apenas eu poderia suportar a sua dor e contentamento. Fomos nós, quando eu estava ocupado a criar este Universo, este planeta, toda a sua vida mas não os seus destinos, tirando o dela, amaldiçoado, por puro egoísmo meu, Obriguei-a a isto e agora é esta a sua vingança. Esta distância, os seus enganos de que eu vou sabendo. Mas não choro, não porque não é do Ser Superior chorar mas sim porque isso apenas me faz sentir mais fraco e vulnerável. Como se não fosse inútil e transparente o suficiente.

Mãe, Pai, agradeço-vos o conforto na escuridão mas apenas o calor da próxima me pode fazer esquecer ou afastar a dor e melancolia que esta me traz tão constantemente. A música continua a tocar no fundo, a escuridão, o quarto, tudo igual ao início da dor, há quase um ano atrás.

São 4 da manhã...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Preachers of lies

Bring the damned to me...

You burn around me. The sun as touched your face, your skin is a renewed trial of life. Slowly decadence, falling into your mirror of dreams, forgetting all, forging all the life's and tales of another hero that has drowned in fear of his own destiny. Strap yourself to the quietness of your being, allowing the gods to be safe to interact with your human life. Strip yourself of anger and preconceits, involve your soul in the darkness, you'll be safe, trust me.

Take the saved soul from my world...

I shall perish in the need of humanity, the light of guidance that you've found in your fake cults and religions, words that are nothing more than blasphemies to your soul and everyone else's around you. Useless life's that should be burned once and for all, no more souls to deceive the others. Die bastards, die. I'm sick of you. Appear in my face once again and this new century war will start once again. The rage is once again within me, beware the beast that is me. Preachers of lies, hope you burn in Hell with your words, words that aren't good enough to be called mute cries for help. Lies, all lies. Fuck you.

The rage is here once again... I feel good now.