quarta-feira, 9 de maio de 2007

Razões do Fim

Como chegamos a isto? Tal decisão não pode ter sido tomada num espaço de tempo tão curto. Um futuro que estragaste, uma vida que entristeceste, as memórias que profanaste. Neste momento, sozinho, desejo que estivesses comigo, que me confortasses da dor que sinto. Imagino mil e uma situações, apenas para me sentir melhor. Mas faz-me o inverso. Entristece-me ao ponto de ficar contente em apenas imaginar que estou contigo. Foste tu que trouxeste esta dor, estes sentimentos inspiradores a um poeta suicida de outros tempos. Ainda tenho o direito a exprimir-me da forma que eu quiser, dizer que ainda te amor, dizer que, das tuas memórias, só sai dor. Fazes-me questionar se alguma vez me amaste, se eu fui apenas algo temporário, um empurrão para sentimentos que tinhas ocultos por outra pessoa. Nada mais para te dizer para além do que aquelas dolorosas e odiosas palavras que estou farto de sentir por ti. Nunca consigo arranjar algo ou alguém que me puxe deste pesadelo, destes sentimentos sobrevalorizados e explorados.
Sentado ao ar livre, vejo as pessoas passar, pessoas que tão cegamente acreditam no verdadeiro amor. O verdadeiro amor morreu connosco. Pessoas que dizem que amam mas nunca o sentindo mesmo. Palavras e expressões gastas para nada, para nunca mais serem ouvidas, levadas pelo vento. Com tais intenções, nem imaginadas deveriam ter sido. Se existem apenas para magoar, as palavras nunca deveriam ter sido inventadas. Porque todas as tuas me magoam, fazem-me cortes profundos na alma, deitando aquele ser falso abaixo e trazendo o meu verdadeiro ser à superfície, controlando os meus pensamentos e acções. Aquele ser falso deixaste morrer porque era de ti que ele se alimentava, da tua doce voz, mas nunca mais ele vai voltar. Encontro-me fraco e emocionalmente desprotegido, desprovido daquilo a que chamo "verdadeiros sentimentos". Tenho uma fixação em achar que não foste tu, que fui eu, que acabou esta relação, que a deixou morrer. Os meus problemas pessoais tomaram conta de mim mas a minha preocupação por ti resistiu mas foi o que nos destruiu. tenho a estranha sensação de que continuas comigo, para todo o sempre.
Vejo todos os casais que passam por mim, contentes e abraçados. fazem-me lembrar daquela noite em que nós fomos contentes abraçados. Aquela noite for uma só e foi única em todos os aspectos. Desperto para a realidade dolorosa que me faz o coração parar. A realidade engana-me os olhos porque olho para o meu reflexo no vidro e vejo um sorriso na minha boca, uma expressão de felicidade na minha cara. Uma expressão falsa. Pareço contente. Mas não estou. Estou triste porque estou sozinho e com saudades tuas. Escrevo porque me sinto mais leve, mais desprovido da dor que me assalta mas continuo a pensar se irás ler isto. Se alguma vez saberás como me sinto agora. Pergunto-me se alguma vez te vou ver outra vez, se vou conseguir amar mais alguém, se vou voltar ao que sou. Viro-me para trás para esquecer o passado, tento perseguir um sonho mas caio de cara no chão. Para nunca mais me sentir assim, eu escrevo mas nunca choro.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Fields of War

Ten million years or so, in this empty place, a battle to the Death. Sacrifice of minor humans, regular mortals who gave their lifes and hopes for something foolish that they believes. Their braveness and courage followed them to the fields but never to return again. Their Deaths, so epic, are still reminded today, their swords, broken and rusty by time, preserved in our minds. Brave hearts that fought for us, for them, for future. Their essences devoured by the Monsters of Hell, the bringers of Pain and Misery. Their bodies never more to be seen by the human eye but resting in peace in the fields of war.
The morning arrive with the early sun shinning on their shields, hard faces like rocks, look upon the horizon and pray to the skies, for protection of their souls and bodies. They know their fates and they wish to never be born the day when the Monsters of Hell would control the Earth. They fought that day to keep this green and blue Earth alive. They hoped that their sons continue this fight, a fight so long ago lost. Now the Earth is black of Death and red of the warriors blood. their souls, still wandering around, looking for a place to stay, a place that is still of the Earth that they fought to keep alive, a Earth green and blue.
The afternoon brings the smell of Death to the warriors side. Some fear, some cry, some store their emotions within. All of them look to the black horizon, they see the shadows of their opponents, the Monsters of Hell, as they prepare to move to the fields of war, bravely walking, their hearts pumping like there was no tomorrow. For them there wasn't. They knew it has they marched to the fields. But still they marched so you can live today. Life running away very easily from their bodies, their souls flying to somewhere safe to see the bodies of the mortal humans clash with the Monsters of Hell. Commanded by the Moon, they ran against the followers of Death, the Monsters of Hell.
They fought, they killed, they died, they cried and they screamed. Brave enough to call them all and send them back to Hell, a lonely man stand in the middle of nothing. All stopped. The Moon, Death, the warriors and the Monsters. Both Moon and Death stared to this man for he was their son, the cause of the fight. But they realised that he was no man anymore. He was a Demon, the Demon that rose from Hell, the Rising Demon. He killed, he hunted, he eliminated the Monsters and sent them all back to Hell. In the end of the day, when the dust had settled down and the Sun barely shined, he was the only one standing, wounded and looking in the eyes of his parents, Death, his father, and Moon, his Mother. That Demon is me.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Forever More

Vital life, surrounded by death and evil, tricks me to think that I'm ok, that I'll survive. But you can see the sorrow within my eyes, the lack of self-respect and hope that degrades me to the bones, making me empty inside. Around me, there is only my body's reflection in the mirror but it cannot show my soul, that is grey and overwhelmed by the will of freedom. Freedom, that word that comes to my mind often, making me wish a better life, a way to escape from this nightmare, from this pain. In my dreams, I can see myself go trough the window of hope to the fields of liberty. This emotions fill my black heart as a way to remind my soul the will to fly to freedom.
I'm sick of this, filled with these emotions, that will take me to certain doom, surely something better than this, but a place where my smiles will continue to be fake. My fate is the reflection of the world, so wrong, so empty, so impure. Though I'm not a quitter, I don't want to continue this fight, I can't keep this fire burning. Because I'm a void, I'm a nothing, I'm nothing more than myself. Is that so wrong? Is that lesser than anyone else? But now I'm glad that I told myself to pick the memories from the ground, to start again from the beginning, to redraw my life.
I can't read the words that I wrote her when we were together. But it has helped me realise that a love like that just doesn't disappear like that. It helped me realise that I still love her. But I'm trying to move on. That is over and done, painfully survived and ended in fights and crying. Not for me, not to her, to the Gods that tried to cause my doom. I know that those words will hunt me forever more.
Sitting here, listening to music and thinking of you, thinking of me, thinking of the consequences of my acts. Forever more, maybe into Death, this is me.

domingo, 6 de maio de 2007

Deixem-me sonhar

As palavras vêm à cabeça, de onde nunca mais saem, me ocupam os pensamentos, me destroem os sonhos e acabam com as esperanças de uma vida melhor. Gosto de olhar para o horizonte e imaginar o que há para além da paisagem mas fico perturbado com os pensamentos que me ocupam a mente mais uma vez, que me impedem que me divertir, de me abstrair desta vida. Olho para o canto mais escuro do meu quarto à noite esperando que haja lá um monstro que me coma o corpo e liberte a alma. Mas adormeço e nenhum monstro aparece. Eu sonho, imagens perturbantes preenchem-me o sonho, imagens que não consigo apagar ou modificar, imagens que parecem mais reais do que aquilo a que chamamos realidade.
Acordo simplesmente, com a música a tocar na rádio. A música ajuda-me a levantar e a preparar os sorrisos falsos. Mais um dia que vai passar sem eu achar as soluções para os meus problemas, mais um dia que passa a esgotar rapidamente aquela vontade de viver que tinha recuperado recentemente, mais um dia em sofrimento e dor. Ao contrário daquilo que dizem, sim, a minha vida é dor. Porque ninguém sabe como estou por dentro, não fazem mesmo a mínima ideia daquilo que me vai na alma. Nem mesmo lendo o que escrevo. Apenas quero ir para um sítio onde consiga ser quem realmente sou, sem medo de repreensões, de ser alienado ou julgado por pessoas que pensam que o mundo é seu e que são livres.
Eu sei que não sou livre. Tenho um corpo que me prende a alma e que a impede de voar livremente para um sítio melhor, um sítio onde a esperam e onde ela pode descansar e receber aquilo que merece. Sonhar com um dia melhor, com um sítio melhor, com alguém melhor. Sonhar, que mal tem? Não nos mantém com os pés no chão. Faz-nos voar cada vez mais até que caímos de uma forma tão grande que quase morremos. Por isso é que quero sonhar. Sonhar o máximo que possa para qualquer estar tão alto que a queda seja fatal. Ou que ninguém mais me consiga apanhar. Continuo a sonhar, pelas noites e dias fora até que a minha própria vida seja um sonho.

Final Apocalypse

I see my kingdom, from the top tower of my castle, higher than the birds fly, side by side with the moon and the sun, with all the people bellow, foolish enough to believe that I'm a god, that I'm a saviour. I watch them as they go, down the street, smiling and unaware that the end for them is near. They can talk, they can hear, they just can't see me. They don't know that stars are going to fall down from the sky and hit them in their heads. My kingdom may come to be nothing more than ashes but for the final apocalypse, there is no ultimate sacrifice.
The people are fools, they don't see what I've choose for them. Forever they'll have life, nor in Heaven nor in Hell, they will have to be in a place where nothing more than empty air exists. They'll die, no one to survive, no one to cry, no one to hate or judge me. Never dethroned. Forever king in the kingdom of the final apocalypse.
I've choose their fate, I've let them die but they'll hunt me forever more, in the void where they'll live forever more. The tragic kingdom is coming to an end, thanks to the final apocalypse.

Pensamentos profanos

Viro as costas a todo o meu passado, baixo a cabeça perante o meu futuro e encolho os braços acerca do meu presente. Sei que eu sou eu mas o que significa mesmo o "eu"? Serei especial? Serei alguém? Todas estas perguntas me assombram os pensamentos.
À noite fecho os olhos e tento não pensar. Ligo o rádio e oiço a música. A música distrai-me destes pensamentos profanos. Mas estes pensamentos voltam sempre ao de cima na minha mente. Eles apenas se escondem por trás da felicidade.
Com sorrisos e actos falsos prossigo o dia, nunca revelando quem realmente quem sou ou como sou. O ódio por mim mesmo nasceu e cresce a cada segundo que passa, pelos meus actos falsos e por não enfrentar aquilo que me atormenta.
Vejo-a como uma cara metade, alguém que sofre como eu, alguém com os mesmo problemas que eu. Mas tento-a ajudar. Não quero que cometa os meus erros. A minha vida é decadente e a minha alma demente mas espero que ela não siga o meu caminho. Espero realmente que ela viva porque a vejo como uma igual.

sábado, 5 de maio de 2007

Insanidade

A minha alma, demente e deteriorada, diz-me que me mexo. Mas eu não me sinto a mexer. Sinto-me morto. Sinto que não tenho mais ninguém com quem falar, que ninguém me pode ajudar, que sou um caso especial, aquele que ajuda e que nunca é ajudado. Mas estou assim tão cego que não vejo o esforço dos meus amigos para serem vistos como tal e que eu não estou só? Não consigo abrir os olhos mais, não consigo manter a cabeça levantada e vê-los, a sua expressão horrorizada, o choque do meu afastamento. Mas a quem posso dizer o que me vai na alma? Ninguém o suportará e, se suportar, não me encarará a sério. Dirá que sou uma pessoa que escapou do hospício. Insanidade, onde me levas?
Chove na minha mente para manter os meus pensamentos frescos, a minha alma presa e o meu espírito em baixo. Faz-me continuar triste e deprimido, como um adolescente normal que julga que todos podem morrer e que não precisa da ajuda de ninguém. Mas eu sei que preciso de ajuda. Preciso de ajuda de alguém que ame da mesma maneira que eu a amei. Alguém que me ajuda a ultrapassar esta fase de uma vez por todas. Não apenas dizer ou escrever tais palavras, mas senti-las também. Porque agora estou sozinho e não me sinto amado, não me sinto desejado. Insanidade, porque me persegues?
Olho-me ao espelho e nada mais vejo do que uma reflexão daquilo que em tempos fui. Não me considero nada de especial em termos materiais, mas penso que sou mais que o mundo de alma. Ainda ninguém me provou o contrário então porque me sinto tão em baixo? Palavras de conforto que saem das vossas bocas mas que nada me afecta, a mim nada importa, por mais que insistam em fazer-me sentir melhor. Os meus olhos continuarão vagos e vazios e vou continuar a afastar-me até que não tenha mais ninguém, mais ninguém para me salvar. Se pudesse continuava mas como posso continuar quando desejo nunca ter nascido? Acho-me um erro. A insanidade tal em disse.
Todos me dizem que são normais, que eu sou normal e como me sinto é normal, mas que prazer tiram disso? Acham que me faz sentir melhor? Eu quero ser mais que normal, porque ser normal não me traz felicidade. Quero ser o primeiro, quero ser chocante, quero ser mais do que todos, quero ser o pioneiro de uma geração mal guiada. Mudar opiniões, conduzir multidões, até aos confins da terra por pura insanidade. Rebaixo-me a todos os erros mas nunca me gratifico por coisas boas feitas. Gostava que se afastassem todos por uns momentos de forma a que possa estar sozinho. Sozinho para pensar, sozinho para me matar, sozinho para falar com a insanidade.

Tudo acaba

Estou acordado até tarde, a pensar em algo que já se passou, a inventar situações que existem apenas na minha mente, a tentar prever o meu futuro. Viro e reviro na cama, até estar demasiado quente para ter os lençóis em cima. Pontapeio os lençóis para saírem de cima de mim mas, assim que saem, tenho frio. Não estou bem aqui. Nunca estou bem em lado nenhum. Tenho uma forte tendência para ver o lado negativo das coisas, talvez assim seja para me motivar a não errar outra vez e fazer melhor da próxima vez. Sei que com ela não errei. E agora continuei. Mas continuo a sentir a minha vida a escapar-me pelas minhas veias, a sair pelas pontas dos meus dedos, a cada segundo que passa.
Olho em volta e não vejo ninguém conhecido, ninguém que me importe, ninguém que se importe comigo. O Sol põem-se na minha cabeça e a escuridão domina-me a alma. Como que programado, continuo a caminhar a um destino predefinido, não escolhido por mim nem por uma força maior, apenas um sítio ao qual me habituei a ir, ao qual vive a prisão da minha alma que é o meu corpo. Já não me sinto melancólico, já não me sinto nostálgico, não me lembro mais daquela que me ocupava antes a mente, daqueles momentos passados com ela. Já não tenho saudades da minha infância, apenas do sítio para onde vou mais uma vez.
Sinto que nada mais tenho a dar, mais nada tenho a sentir e que está tudo acabado, tudo destinado, tudo morto. À minha volta, apenas vejo mentira, a mentira nos olhos das pessoas que já não erguem a cabeça devido a erros no passado que cometeram e que agora desejam não ter cometido. Está tudo condenado ao tormento infernal dos próximos mil anos. Aqui ou no Inferno, qual a diferença? Nem mesmo eu retrato a verdade humana, não a tenho, não a quero ter, não é para mim.
Sei que sou mais que isto, sei que tenho mais do que palavras dentro de mim, mais do que pensamentos. Sei que tenho uma alma, algo que me faz viver mais um dia. Mas a realidade está distorcida e é porque eu sinto que isto é verdade que eu escrevo. Negro é o meu coração, se ainda o tenho, pois já não sinto mais nada que não a vontade de desaparecer. Não penso em mais ninguém, não quero que mais ninguém pense em mim, não tenho consciência e são poucas as coisas de que me arrependo ter feito. Mas pelo menos consigo olhar as pessoas nos olhos, talvez até na esperança de arranjar confusão, uma forma de libertar esta raiva contida dentro de mim. Consigo enfrentar as adversidades do dia mas tudo acaba quando chega a noite, tudo acaba para mim quando sei que não tenho mais ninguém que me ama da forma como eu a amei. Talvez seja esse o meu problemas mas, até o resolver, ficarei por aqui, com olhos vagos e vazios. Num dia, tudo acaba para mim.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Unknown

Diz-me porque vives, o que te faz levantar de manhã quando tudo está escuro e a única ideia que tens na cabeça é que tens de fazer o sacrifício de respirar mais uma vez. Diz-me o que está na tua mente, o que te baralha e o que te faz pensar. Porque, de uma forma ou outra, fizeste com que me preocupasse contigo, com a tua vida. Eu é que sou o anormal, aquele que sente aquilo que não devia sentir, que deseja as coisas erradas. Por estares sempre a beber, não que dizer que te vás esquecer dos teus problemas, por quereres sair de casa, não quer dizer que não seja a atitude certa a tomar, de te estares a matar mesmo sem sabendo, ou mesmo sabendo, fazendo outros que realmente se importem contigo, fiquem magoados. Até hoje não me eras nada. Hoje continuas a ser, a ser algo mais do que eu desejo. Porque te magoas? Mantêm aquela postura de que estás habituada, apenas para pareceres rebelde, mais que os outros, uma extremista. Mas o que tu queres é saber que alguém se importa realmente contigo, que és algo mais daquilo que pensas, que alguém neste mundo miserável te ama. Mantém-te aqui, fala comigo, não cortes as comunicações com aqueles que se preocupam contigo, não te auto-destruas. Todos nós temos aquele dom especial de querermos ser reconhecidos, elogiados e adorados. A alguns não acontece mas sei que esse não é o teu caso. Respira até à noite, vive para veres a luz do Sol a bater-te na cara e para teres um melhor dia do que o de ontem. Unknown, em todo o mundo existe algo que se mexe por ti. Por quem te mexes tu?

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Casa

Música nos meus ouvidos, enquanto vou para casa, sentado a olhar a paisagem que passa a mais de 50 Km/h. A música ajuda-me na vida, define quem eu sou e ajuda-me a explicar a outros como sou. Mas vou para casa, como que automaticamente, porque vou. Sempre foi assim e penso que sempre será. Mas onde é realmente a minha casa? É isso que procuro quando caminho na rua, quando estou sentado na minha cama, quando penso. Ninguém sabe realmente onde é a sua casa. Temos aquilo a que chamamos casa mas é apenas um abrigo temporário para a tempestade que está no nosso caminho. Se fosse realmente casa, nunca quereríamos sair, quereríamos abraçá-la e tê-la sempre por perto. A nossa verdadeira casa faria com que nos sentíssemos seguros, algo que poderíamos dizer que é realmente nosso.
Continuo de olhos vagos, à procura daquele lugar acolhedor e pacifico a que possa chamar casa, um sítio onde vou ficar para sempre, sem necessidades. Talvez encontre esse lugar no futuro. Talvez até não o encontre quando estiver vivo, apenas o encontre morto e lá a minha alma descansará para sempre. Olho a meu redor, apenas vejo pessoas, detestáveis e dispensáveis. Pessoas que apenas pensam em si próprias e que julgam as pessoas antes de realmente as conhecer. Esse tipo de pessoas não quero conhecer. Essas pessoas não são bem vindas na minha casa. Na minha opinião, não são dignas de viver. Existem apenas para perturbar o silêncio da minha consciência.
Caminho para casa, um futuro incerto, um sítio onde possa dizer que sou bem vindo, um sítio que é meu por direito de existência. Até mesmo as pessoas detestáveis têm uma casa à sua espera algures. Apenas não sabem por isso não procuram. Vou para casa, algures na minha mente ou esteja melhor.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Minha linda

Traz-me aquilo que desejo, apenas tu sabes, apenas tu entendeste, aquilo que te disse, aquilo que quero. Tu compreendes, tu entendes, tu és como eu, tu sofres mas no fim tu ganhas. Cegamente, com certeza, caminhas pelo teu próprio túnel mas como eu desejo que os nossos túneis obscuros se interceptem e se iluminem. Porque tu iluminas-me a vida. Espero ansiosamente aquele dia em que vamos estar juntos, ver-nos e tocar-nos, apercebermos-nos de que somos um para o outro. E ainda me fazes esquecer o passado doloroso e levas-me a outro sítio mais alegre sem me deixares ser uma pessoa que não sou. Obrigas-me a ser quem realmente sou, consegues suportar essa pessoa e ainda consegues fazer com que essa pessoa fique contente pela primeira vez.
Desculpa-me a baixa auto-estima mas como será que consegues suportar tal pessoa que nada mais sabe se não fazer sofrer? Como é que tu própria não sofres? Peço-te que continues assim, que me atures para sempre e mais e que me faças rir. Dizes que te faço rir, mas como? Apenas digo aquilo que me vai na cabeça, não ligo ao meu coração porque está negro e quase morto como o resto do meu ser. Como consegues estar aqui comigo quando eu sou maluco e tu sabes disso? Tu não és maluca, não dizes mentiras e consegues ser especial, consegues viver, és simplesmente linda. Aguenta esta besta que vive dentro de mim, alimentando-se da minha alma, acorrenta-a e amansa-a porque mais ninguém para além de tu consegue vê-la e acalma-la.
Continuo à tua espera, no escuro da noite, sentado na minha cama, pensando em ti e em como estás, imaginando aquele dia em que vou estar contigo. Continua como estás porque é assim que gosto de ti, é assim que me mantens cativo. Meu coração, minha mente, minha emo, minha linda.

(Não há mais) Nós

Que porcaria de palavras saem da tua boca, por alguma razão que desconheço, palavras que provavelmente não são sentidas, não têm o mesmo sentido que tinham antes. Talvez até antes elas não tivessem sentido. Mas continuas a dizê-las, a escreve-las mas será que ainda as pensas e sentes? Procuro a forma de saber como te sentes actualmente mas sei que tu me pois a pensar seriamente naquilo que sinto. Porque até ontem achava que tinha seguido em frente, que a nossa fase tinha acabado e que estava pronto para outra fase, mas estava errado, porque quando pronunciaste aquelas palavras, a minha mente ficou como um nevoeiro e os meus sentimentos lá perdidos. Tento chamar-me à atenção, tento ter certezas mas não consigo neste momento porque tu falaste.
Tentaste afastar-te, eu deixei, mas agora parece que te queres aproximar, parece que já não me conheces, que sou mais uma pessoa com quem conversaste numa certa ocasião porque calhaste encontrar-me. Está errado, tudo isto, tudo aquilo que se passou e tudo aquilo que está para acontecer. Agora só oiço a música que sai das colunas do meu computador mas são as tuas palavras que ecoam na minha mente. caso não saibas estou dividido. Fizeste-me contente, fizeste-me sofrer, tenho saudades de ti e dos teus lindos olhos mas como podemos continuar assim? Fala comigo, pela última vez, para esclarecermos a situação. Porque me apetece gritar, apetece-me matar, apetece-me fugir mas já não me apetece chorar. Tu habituaste-te à minha parte sentimental e quando te apresentei a minha parte mais dura, fugiste. Não pode haver nós sem tu conseguires aguentar aquilo que a partir daquela noite voltei a ser e que agora sou. Porque continuo oco por dentro mas, ao contrário da minha época "Nós" em que estava contigo, os meus sentimentos são poucos e fracos, estou bem comigo mesmo e consigo ser aquilo que sempre fui.
Não voltei aqui para te dizer que te amo, voltei aqui para te dizer que tu escolheste a tua dor, o teu veneno e o teu destino. A acabar de dizer que acabou, palavras que ainda ecoam na minha cabeça, senti uma flecha a trespassar-me o coração, uma dor no peito e uma desorientação que me fez cair no sofá. À noite não consigo dormir quando estou a reflectir acerca daquilo que tu disseste e daquilo que eu disse depois disso. Porque não quero enganar mais ninguém para além de mim próprio porque ela não merece. Tu talvez, por aquilo que me fizeste, mas não ela. Ela é uma criança que merece a verdade, que ainda não me fez sofrer e que se importa comigo. Ela é minha, ela continua aqui, ela não me abandonou quando eu precisava e ela faz-me rir. Não me faz sofrer, não tenho de fazer sacrifícios por ela, posso ser eu mesmo, duro por dentro e por fora e ainda assim ela está aqui. Não se afastou, coisa que fizeste mesmo depois de te pedir para não o fazeres. Continuamos assim, num impasse, até acabarmos por morrer.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Anjos como chuva

Anjos a cair, como gotas de água a que chamamos chuva. Eu olho para eles a cair, a rir-me por dentro face à sua insignificância e fraqueza. Mas gosto de os ver cair. Talvez por me fazer sentir contente, ou até por me fazerem sentir mais poderosos mas a verdade é que gosto de olhar. Vejo-os no chão, a contorcerem-se em dor enquanto que descem a rua de mãos dadas, a passar a dor uns aos outros. Espanta-me a capacidade de resistência após a sua queda mas ainda me fazem sentir forte.
Anjos como chuva, demónios como relâmpagos, a romper os céus com tremenda força, obrigando os anjos a cair e, os que já estão caídos, a manterem-se no chão. Anjos tremendo de frio, colando-se uns aos outros de forma a formar uma grande forma a que chamamos água. Mas até que ponto é que os anjos nos detestam? Porque é bem sabido da guerra entre anjos e a minha espécie, os demónios, mas a guerra entre os anjos e os humanos? Sei que não sou qualquer demónio. Sei que sou a força mais poderosa do Universo mas continuo a não me importar por humanos, anjos ou demónios. Todos os dias combato a minha própria guerra contra mim próprio. Mas o que são realmente anjos? Humanos? Demónios que mudaram de opinião? Interessa mesmo? A mim sim. Anjos são como chuva. Caem e mantêm-se no chão, escorrendo pelas ruas porque não conseguem entrar no Inferno.

Sin number 4

Go and seek another place to stay and drive people insane. Ask another stupid to fight with you for absolutely nothing, just to return to be a sponge of range until he explodes on you and send you away like I am now. You miss-interpreted my words, I don't want you to take a walk, to breath the clean air around you, to ear the quietness of the trees. I want you to die far far away from me. Go piss off someone else. Go make some fool have the will of die, just as you did to me. My patient running short for your crying and excuses for the errors that you've made, the deceiving that you've done, the stealing that you helped, the breaking of my soul. Just get a plain, even a tank but go away from me, because I'm sick of your face, I'm sick you and you've made me die.
I've seen you in the television yesterday, crying to someone that has died long ago, when he has met you. Don't try to frame me for something that you've done, for something that you caused, that you deeply wished. Confess the truth to the world to be your real self again. But still get away from me, very very away from me. Stop calling, stop talking, stop existing in my mind, filling my thoughts because I've got more important things to think of. Something that really matters to me, something that keeps me alive instead of trying to kill me like you did. I've lied, you've deceived but at least I've moved on. Let it rain outside, let the shadows cover the sun because you don't deserve to be warm. be cold and wet forever more because that's your fate, your future and your curse. Shut up forever more, I don't want to ear or see you again, your voice is like hammers falling on my head, die now because this time it has been you who sinned.