quinta-feira, 3 de maio de 2007

Casa

Música nos meus ouvidos, enquanto vou para casa, sentado a olhar a paisagem que passa a mais de 50 Km/h. A música ajuda-me na vida, define quem eu sou e ajuda-me a explicar a outros como sou. Mas vou para casa, como que automaticamente, porque vou. Sempre foi assim e penso que sempre será. Mas onde é realmente a minha casa? É isso que procuro quando caminho na rua, quando estou sentado na minha cama, quando penso. Ninguém sabe realmente onde é a sua casa. Temos aquilo a que chamamos casa mas é apenas um abrigo temporário para a tempestade que está no nosso caminho. Se fosse realmente casa, nunca quereríamos sair, quereríamos abraçá-la e tê-la sempre por perto. A nossa verdadeira casa faria com que nos sentíssemos seguros, algo que poderíamos dizer que é realmente nosso.
Continuo de olhos vagos, à procura daquele lugar acolhedor e pacifico a que possa chamar casa, um sítio onde vou ficar para sempre, sem necessidades. Talvez encontre esse lugar no futuro. Talvez até não o encontre quando estiver vivo, apenas o encontre morto e lá a minha alma descansará para sempre. Olho a meu redor, apenas vejo pessoas, detestáveis e dispensáveis. Pessoas que apenas pensam em si próprias e que julgam as pessoas antes de realmente as conhecer. Esse tipo de pessoas não quero conhecer. Essas pessoas não são bem vindas na minha casa. Na minha opinião, não são dignas de viver. Existem apenas para perturbar o silêncio da minha consciência.
Caminho para casa, um futuro incerto, um sítio onde possa dizer que sou bem vindo, um sítio que é meu por direito de existência. Até mesmo as pessoas detestáveis têm uma casa à sua espera algures. Apenas não sabem por isso não procuram. Vou para casa, algures na minha mente ou esteja melhor.

1 comentário:

Anónimo disse...

Criticas as pessoas por apenas pensarem em si próprias, mas não é o que tu próprio fazes, ao procurar a tua casa?
E julgando-as quando as vês na rua, sem as conheceres?

De qualquer das formas, uma casa não pode ser uma pessoa?