Incrível o que consigo encontrar aqui,
Num espaço perto de mim,
Preso dentro de um barracão,
Com uma janela perdida, em pleno Verão.
Encontro a divagação de um ser que nunca cresceu,
De um sonho que já abraçou e que já temeu,
Perdido nas suas brincadeiras infantis,
Lembrando-se de quando era feliz.
Catastrófica vontade de desistir,
Percorrer o mundo e mentir sobre fugir,
Sendo esta nem a última nem a primeira ocasião
Que este rapaz se perde e se refugia no seu mundo de fantasia.
Creio não poder solucionar nem remediar
Esta situação degradante que se continua a desenrolar,
Na mente do jovem que criança já não o é
Mas um adulto crescido que mal se aguenta sozinho de pé.
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