sábado, 26 de fevereiro de 2011

Silhueta

A tua natureza é inconfundível e o teu perfume irresistível. Eu cedo e desapareço para um mundo que enaltece a tua beleza e que apaga tudo o resto à tua volta. Por onde caminhas, são terras banhadas em ouro, são caminhos sagrados que não ouso sujar com a minha mente limitada. O ar que respiras, o chão que pisas, tudo isso desejo ser eu, para estar dentro de ti. Todos os segredos que a tua escuridão interior guarda, toda a maldade que o mundo me atira com o vento, nada disto se compara à tranquilidade que me dá a tua nudez, a quanto me preenche as vontades o teu corpo a mexer-se, a chamar-me, a seduzir-me. Puxar-te para mais perto de mim, ouvir-te gemer, controlar-te e deixar-me ir, perder-me mais profundamente, com o coração a bater cada vez mais depressa, tudo isto eu sonho. E acordo, suado, foi tudo uma visão...

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