She's dreaming of a better place, another pillow to rest her head, a more comfortable bed to lay her body and drift away in dreams of green pastures, castles and princes. She's closing her eyes and saying goodbye to the night, all her scars and all the pain that she feels are overwhelming, taking over her thoughts. Slowly losing control of her consciousness, no more beatings tonight, with alcohol in his breath and frustration and anger in his voice. She just doesn't believe that this is her reality, she can't accept that her fate is including such pain. "So unfair!" - she thinks this once again before sleeping.
Someone to dance the night away, to wish all the pain erased is in vain, all the body is sour, her face just doesn't recognize a sign of peace, she pleads again to the sky for a more peaceful life. She follows the way back home, hides in her room, locks herself in while he's on the other side crying and asking for forgiveness. In her mind she knows he'll do it again, her heart just doesn't bear the distance from her own father. So she unlocks the door, opens it up with a smile and a "I forgive you" so that he can hug her and stop crying, making fake promises that it won't happen again, he'll never touch her again. She closes the door, lies in her bed looking to the blue sky outside and thinks - "He'll be better this time, I know" - but the night won't take long to come.
It's a vicious circle that takes over this life. The bruises of yesterday are just passing but today he comes to make new ones. And she cries, begs him to stop, lying on the floor so desperate while he screams - "It's all your fault!" - leaving the room. She crawls back to her bed and lays there in the fetal position, crying and wishing to the moon an exit. Falling asleep she'll think - "So unfair!". So sweet the melody of the nocturnal wind that takes her away. In dreams she travels away, alone, free. And she wakes up right where the dream had left her, happy with a new fate, escaping her house of horror, evading the same vicious circle that had been her life for so long... too long.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
domingo, 25 de setembro de 2011
Mais um
Mais um para a tua colecção, mais um alvo a abater. Embora o coração bata e a mente pronuncie a palavra sentir, mais e mais um buraco se constrói na parede do teu quarto, mais e mais um vazio se alastra. As noites passam em silêncio e arrastam o dia consigo, ínfimos momentos deitada na tua cama, cada dia e cada noite com um homem diferente em cima e dentro de ti. Nunca lhes olhas nos olhos, apenas para o céu azul do dia ou as estrelas à noite. Sentes cada um diferente dentro de ti, tu os atraíste para aí, a tua dança quase impossível de evitar com os teus olhos e sorrisos hipnotizantes, as tuas armas que fazem dos homens as tuas marionetas. E ninguém sobrevive para contar a história como deve ser, dizem-se vitórias, por dentro sentem-se derrotas. Para ti é igual não é verdade? Faz-me a vontade, apercebe-te que te resisti. Apercebe-te disto e pára de me perseguir por estradas escuras onde me vou esconder da realidade. Não há lugar em mim para ti.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Uma gota
E mais uma gota cai ao chão, brilha sob a luz do Sol, reflecte tudo o que a cerca mas não mostra nada do nosso verdadeiro interior. Então, como qualquer espelho partido, desaparece para o nada, como se nunca tivesse existido. E tudo é macabro neste mundo. Tudo o que conhecemos, tudo o sabemos. Tudo porque uma simples gota, nada mais que isso, sem significado ou razão de existência, desapareceu. Eu culpo a tirania dos céus. Vivemos sob o mesmo azul e sob as mesmas nuvens mas nunca nos é dada a razão da sua existência. O seu silêncio é a nossa sentença.
És o meu Oposto
Há coisas que nunca mudam. E há alturas em que olhas à tua volta e tudo te parece diferente, distorcido, tocado. E ficas magoada com a ausência de inércia e misericórdia face à tua memória, fazes uma expressão de tanta dor que me chegas a aleijar fisicamente. Obrigas-me a encolher-me no meu silêncio para te agradar enquanto olhas para paredes brancas como se fossem infinitas. E no final suspiras. Nunca me dizes o que pensas nessas alturas, simplesmente olhas para baixo, o cabelo a tapar-te a cara, e quando te volto a ver tens um sorriso na tua cara e queres despir-me, apenas o corpo, nunca a alma. Segues o dia e a vida como se nada fosse. És uma tirana do tempo e da paixão. Deixas-me desolado.
Estou absolutamente relaxado em cima da tua cama. Agora, neste momento. Escreves em folhas brancas furiosamente, suspiras a fúria que te inspira. Estudas matérias que me deixam afastado da tua visão e isso não me importa. Francamente, não serias tu minha e eu teu se não fosses alguém dedicado a querer ser mais, a esperar mais de si próprio. Agradas-me no teu recanto nervoso e furioso mas assustas-me com o teu lado perverso, o teu lado que julgas ser erótico mas está a um pequeno passo de ser tornar pornográfico, sujo, odiável. E tal como tu, olho para estas paredes brancas. Mas não vejo lá nada, não vejo o teu infinito. Então olho para a janela, para o céu escuro, para as estrelas e deixo-me perder nos meus pensamentos. E aposto que se olhasses para mim agora pensarias o mesmo que eu, quererias saber no que estava a pensar. Mas não olhas. Agora estás no teu recanto, o único sítio do quarto bem iluminado e eu mantenho-me nas sombras à espera de que as queiras partilhar comigo novamente.
O Sol põe-se e o Sol levanta-se, esta é uma verdade inegável. E o Sol a levantar-se é o mais belo que vejo neste planeta. Tu és mais do pôr-do-Sol, eu sei. E compreendo, ver o céu avermelhado, se houver alguma nuvem por perto, elas fazem sombra no céu mas também se pintam de vermelho. Mas não há a magia de esperar horas por isto, não há o contraste de um céu completamente escuro e estrelado e o início da matina, os diferentes azuis. Nem tens a Lua para te abençoar com a sua mais doce luz. E isto faz-me perceber, és o meu oposto, não a minha metade, não chegas para me formar na totalidade nem eu a ti. E por isso parto ao primeiro raio de luz, caminho pelas ruas que intitulo de minhas, sereno, vejo o dia a nascer tal como a minha vida continua, um bocado mais livre que ontem.
Estou absolutamente relaxado em cima da tua cama. Agora, neste momento. Escreves em folhas brancas furiosamente, suspiras a fúria que te inspira. Estudas matérias que me deixam afastado da tua visão e isso não me importa. Francamente, não serias tu minha e eu teu se não fosses alguém dedicado a querer ser mais, a esperar mais de si próprio. Agradas-me no teu recanto nervoso e furioso mas assustas-me com o teu lado perverso, o teu lado que julgas ser erótico mas está a um pequeno passo de ser tornar pornográfico, sujo, odiável. E tal como tu, olho para estas paredes brancas. Mas não vejo lá nada, não vejo o teu infinito. Então olho para a janela, para o céu escuro, para as estrelas e deixo-me perder nos meus pensamentos. E aposto que se olhasses para mim agora pensarias o mesmo que eu, quererias saber no que estava a pensar. Mas não olhas. Agora estás no teu recanto, o único sítio do quarto bem iluminado e eu mantenho-me nas sombras à espera de que as queiras partilhar comigo novamente.
O Sol põe-se e o Sol levanta-se, esta é uma verdade inegável. E o Sol a levantar-se é o mais belo que vejo neste planeta. Tu és mais do pôr-do-Sol, eu sei. E compreendo, ver o céu avermelhado, se houver alguma nuvem por perto, elas fazem sombra no céu mas também se pintam de vermelho. Mas não há a magia de esperar horas por isto, não há o contraste de um céu completamente escuro e estrelado e o início da matina, os diferentes azuis. Nem tens a Lua para te abençoar com a sua mais doce luz. E isto faz-me perceber, és o meu oposto, não a minha metade, não chegas para me formar na totalidade nem eu a ti. E por isso parto ao primeiro raio de luz, caminho pelas ruas que intitulo de minhas, sereno, vejo o dia a nascer tal como a minha vida continua, um bocado mais livre que ontem.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Filosofia Revisitada
Escreveu Platão, então, na duração da sua existência, que os humanos eram originalmente constituídos de quatro pernas, quatro braços e duas. Mas Zeus acho o ser humano demasiado poderoso e começou a temê-lo. Por isso mesmo dividiu-o ao meio e condenou-o a passar a sua eternidade à procura da sua outra metade. Mas e se as nossas metades de almas nasceram noutro planeta, ainda primitivo? Ou se somos nós primitivos e não conseguimos comunicar com os outros? Estamos condenado a andar por esta terra sedentos de algum companheirismo, algo que nos complete. E então Maria, que fazemos aí? Somos incompletos e absorvemos tudo o que nos passa ou fechamos-nos dentro de quatro paredes até desvanecermos deste mundo e viajarmos até outro? O teu silêncio é ouro nestes tempos de dúvida...
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Que me podes dar?
- Inspira-me.
- Não sou uma musa por quem te possas apaixonar, não sou uma tela branca que possas pintar, não sou incontáveis linhas numa página à espera que me preenchas. Não te posso dar o que queres.
- Então dá-me um bocadinho de ti.
- Um bocado nunca serve, vais sempre querer tudo e no final arrependes-te de teres tido alguma coisa.
- Então que me podes dar?
- Silêncio. Silêncios e tempestades, chuvas e ventos. E esperar que isso chegue para escreveres algo que te faça lembrar de mim daqui a uns anos, quando estiveres velho e feliz com alguém que te possa dar tudo o que quiseres.
- Não sou uma musa por quem te possas apaixonar, não sou uma tela branca que possas pintar, não sou incontáveis linhas numa página à espera que me preenchas. Não te posso dar o que queres.
- Então dá-me um bocadinho de ti.
- Um bocado nunca serve, vais sempre querer tudo e no final arrependes-te de teres tido alguma coisa.
- Então que me podes dar?
- Silêncio. Silêncios e tempestades, chuvas e ventos. E esperar que isso chegue para escreveres algo que te faça lembrar de mim daqui a uns anos, quando estiveres velho e feliz com alguém que te possa dar tudo o que quiseres.
Todos os dias isto
Todos os dias isto. E o que é isto? É tudo. Tudo o que me rodeia, tudo o que desconheço ou que não noto a sua presença, na minha distracção conveniente que por vezes penso ser permanente. Todos os dias esta constante, silêncio que se vai cantar a mesma melodia de sempre, dizer as mesmas palavras repetidas. Já não se notam as nuvens que passam, mutantes dos nossos tempos e sociedades. Tempestades de mentes que procuram inovar depois de tudo destruído, alguém que não procura recuperar a beleza que outrora foi, apenas querem uma palavra no livro da história. E não deixam lugar para a natureza humana, apenas querem encontrar a utopia que sempre tiveram, a aceitação de si mesmos e de outros. É simples mas tão longínquo de uma realidade plausível. Porquê?
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Daqui eu...
Daqui vejo o Sol e não sou abatido pelo vento. Daqui espero tudo e nada sei, desde o azul do céu sobre mim até à terra que entra em combustão após o passo do Homem. Daqui não saio, não tenho quem me tire, atiro mais uma pedra ao rio e espero que a água transborde. Daqui não governo o silêncio, oiço sempre o chilrear dos pássaros, as crianças a brincar no parque, a cidade no horizonte a denegrir os meus sonhos. E aqui acordo do pesadelo, as colinas não são verdejantes, a liberdade é expressa como uma arma ou guardada num cofre para que não a possamos utilizar. E a privacidade foi oferecida em troca de uma mão cheia de elogios, de uma vaidade que teima em discutir a sua liderança com a realidade. Todas estas imagens que passam por mentes ocas não conquistam lugar na minha estima, apenas uma desgraçada lástima por quem se ofereceu, por quem se trocou por uns segundos de realização para depois abrir os olhos e ver... não resta nada por lá. E por isso cá estou, atrás de mim espaço e esperança, alegria por poder correr livre estes campos, por os ver tão iluminados na sua vida. Daqui eu vou para onde alguém me quiser, finalmente, um sítio para descansar.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Tributo ao Imperador
Não deixaste o meu lado durante todos estes anos, seja nas manhãs da semana esporádica, seja nas memórias que deixaste aqui de bom grado. Um tributo a alguém que foi mais que um companheiro, um amigo e uma felicidade, peço desde já perdão pela demora mas não foi minha culpa, ainda não assentou bem no meu coração que partiste. Um tributo a um imperador que dominou as terras vastas da felicidade e liberdade, que entrou de rompante e que nunca mais chegou a sair. E se for um dia encontrar-te por mero acaso na rua da minha imaginação, lembra-te de és mais para mim do que eu alguma vez para ti. Obrigado por teres existido.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Foi o que ela me disse
Foi o que ela me disse e então fechou a porta. "Tu só sabes odiar, olhas-te ao espelho e odeias, olhas à tua volta e odeias, fechas os olhos e odeias. Não há remédio para ti". Foi isto o que me abalou mais. Tanto tempo que tentei fazê-la ver que a amava, que a queria, que me tinha para ela sempre que quisesse, dia ou noite. Mas transpareci o ódio. Ou melhor, ele é que transbordou. E então tudo se silenciou, ela abandonou a casa e a mim, deixou que a noite tomasse conta das divisões. E daí tudo se tornou caos. Deixou de haver limitações para o meu ódio, de haver algo sagrado à minha espera quando eu chegasse a casa, deixou de haver conforto nas noites em que os pesadelos não me deixavam dormir. Agora as manhãs são repletas de pássaros a chilrear e eu sem perceber porque cantam tão alegremente...
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Um novo mundo
Estas são as últimas palavras que te direi. Foi um erro! Todo o tempo desperdiçado, todos os beijos, todas as saudades. Todo o empenho. Tudo um erro. Tu foste um erro, mais um na minha lista. Sabes do teu significado para mim, aquele que já passou, como me pudeste responder na altura que o esforço do empenho impede uma vida feliz de se concretizar? Fui passageiro na tua viagem para o que desconhecer, preferiste uma vida boémia a um nada que sempre me ofereceste. E agora deixaste silêncio, desolador mas confortante. Não me sinto mais frio sem ti na minha cama, mais aberto a um novo mundo que tenho perante mim para explorar.
domingo, 4 de setembro de 2011
Olá (ausência de palavras)
Ainda estou à espera de uma mensagem tua. O vento sopra lá fora mas é cá dentro que está o frio. A ausência das tuas palavras é destacada pela acumulação de letras cantadas e melodias que me passam pelos ouvidos. Deito-me na cama e olho para o tecto branco, insípido, sem significado algum. E penso-me assim para ti. Especialmente quando não me dizes nada, quando não me mostras qualquer sinal de afecção. E vives tão perto de mim. Não só no meu coração, na minha própria rua, onde crescemos juntos, vivemos juntos, experimentamos juntos a amargura que o exterior nos pode oferecer e toda a beleza que nos garantiu ser nossa. E mesmo assim não dizes nada. Nem uma carta no correio, nem uma "olá, estou viva!" num e-mail que posso facilmente descartar mas que mesmo insisto em guardar. E um dia vou parar de esperar. Um dia vou encontrar algum significado no branco do tecto para além da sua imensidão que me faz adormecer. Nesse dia não me terás de dizer olá.
sábado, 3 de setembro de 2011
Another boastfully fantasy
Found my human nature
At the bottom of some old arc,
Hidden from the sight of the world,
In the cellar of my dreams.
Opened my mind to what was to come
Still not clear what it was to me,
To see so free and clear
All that I miss all these years.
I wasn't ready to endure such rapture,
To consign and bear this mark
Through a path so dark and cold
Where nothing and everything is at it seems.
Light shines only on some
And enlightened they come to be,
Without the slightest hint of smear
Facing their blackened fears.
Locked the arc in the cellar,
Threw away the key
And thought it to be
Another trick of the mind,
Another boastfully fantasy.
At the bottom of some old arc,
Hidden from the sight of the world,
In the cellar of my dreams.
Opened my mind to what was to come
Still not clear what it was to me,
To see so free and clear
All that I miss all these years.
I wasn't ready to endure such rapture,
To consign and bear this mark
Through a path so dark and cold
Where nothing and everything is at it seems.
Light shines only on some
And enlightened they come to be,
Without the slightest hint of smear
Facing their blackened fears.
Locked the arc in the cellar,
Threw away the key
And thought it to be
Another trick of the mind,
Another boastfully fantasy.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
September Rain
What is it that you bring?
Nothing that I crave,
Everything that I create,
I've offered nothing for trade.
And all the birds sing
Happily joined in a melody,
Yet I do not see
How they can sing so free
And free be
So different and unaware of me.
Even if I call you rain
And you call me pain,
All around us are the insane.
In this September rain, dancing the bane.
Nothing that I crave,
Everything that I create,
I've offered nothing for trade.
And all the birds sing
Happily joined in a melody,
Yet I do not see
How they can sing so free
And free be
So different and unaware of me.
Even if I call you rain
And you call me pain,
All around us are the insane.
In this September rain, dancing the bane.
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