Sê bem vinda de volta melancolia, trazida pelos doces ventos que saem daqueles fracos alaranjados, corrompidos com ácidos que me destroem o interior do corpo. Tu! Tu corrompes-me a alma. Vezes sem conta a pintas de diferentes cores, desconhecidas a meus olhos. Ai se eu pudesse olhar para o interior. Conseguiria ver-te e o enorme sorriso que me roubas quando a mim chegas. Chega! Chega de tanto lamento em forma de suspiros que me obrigas a soltar. Não te ofereço mais palavras, não tenho mais lágrimas para ti. És apenas mais uma velha memória, com o tempo esquecida.
Que te trouxe de volta? Não há razões para fechar os olhos e adormecer, agora que o Sol brilha tão forte sobre o meu mundo. A energia escoa de toda a escuridão que tanto tempo prevaleceu aqui mas o combate acabou, há que virar a página do livro e avançar na história. A minha vida não é uma fantasia a ser descrita pela mão juvenil e ignorante de um escritor qualquer que se limita a sentar em casa e ver televisão o dia inteiro. E não és tu que vais preencher mais de mil páginas sempre com a mesma mensagem.
Que sejam dispensados mais mil beijos. Que sejam louvados mais mil anos à sombra do actos passados. Apenas com erros aprendemos que as nossas acções e emoções são apenas objectos fúteis sem propósito ou qualquer ganho num futuro próximo. O materialismo e o consumismo são ordens de desonra e desordem que gritam tão baixo dentro de mim, tão fácil ignorar. E então caminho, não velho, não novo, igual mas diferente, para a frente. Abro portas a uma nova fase de mim mesmo.
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