domingo, 7 de dezembro de 2008

A dita felicidade

O doce toque do vento,
Translúcido,
Deixa uma clara imagem
Da pequena no entanto demasiada distância de ti.

Numa confusão de passos
Dados na escuridão,
Dedicados,
Deliciados por este silêncio.

Corro para ti,
Num movimento lento, como que num sonho.
E será tudo um sonho,
Visto que estás aqui, comigo?

Corto este ambiente com uma faca,
Acendendo o isqueiro para outro cigarro fumado,
Partindo o punhal em dois.

Não posso dizer que o meu coração tenha desaparecido,
Apenas derretido,
Por ti,
Por tua razão.

É um fado que se canta nas ruas do cais,
Onde o mar ribomba com força contra as pedras,
E as pessoas caminham sentido o seu aroma fresco no ar.

A fortuna realizada por junção de palavras,
Aceite pelo que a alma vê e o que a mente não compreende.
Então é esta a felicidade e tranquilidade,
O concretizado e certo estado de espírito que procurei.

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