domingo, 4 de maio de 2008

O conto da Vida e Morte

Bring before my eyes this erotic dance around the fire, circulating death consuming our shadows and devouring our hate.

Como uma sombra, movimento-me por entre figuras de mulheres, despidas de ódio, esperando ser amadas por mais do que palavras, por acções de amor e ternura, em redor de uma fogueira maior do que um continente, existindo apenas no meio de um oceano. Terra perdida, costumes arruinados, procurando um ser superior que nós, agimos segundo a Sua vontade. Mãe de todos nós, olha-nos enquanto procriamos, sendo nós nada mais do que uma parte dela, gerando os seguintes lideres de a verdade. Encontramos na nossa dança erótica os sinais de esperança de uma mudança, deixamos para trás os erros dos nossos antecessores, continuamos os nossos caminhos por entre florestas e chamas, sempre acompanhados pela presença dos lobos.
Como uma imagem reflectida num espelho, a velha sacerdotisa encontra-se lado a lado com a sua próxima, a jovem e bela sacerdotisa, a seguinte, o novo portal para com a deusa. Na sua frente, o poço sagrado onde deixam cair os mantos e se transformam em novos seres, transmitindo vida, energia e conhecido de uma para a outra, levantando todos os feitiços ao mundo, deixando com que um tempo de alegria e prazer percorra os seus corpos preparados para a guerra. Corações de batalhas, duas serpentes fundidas numa, transformando a terra em neblina, a bruma densa cai em cima do lago. E contos de almas de leões são deixados atrás para serem substituidos por histórias de amor entre duas mulheres, a Vida e a Morte, sacerdotisas ao serviço da Deusa, todas elas uma parte dela.

1 comentário:

Carla Marques disse...

Já acabaste de ler as Brumas de Avalon, certo?