Os minutos passam, os dias parecem passar vezes sem conta, a rotina é repetida vezes sem conta, uma maldição que se pregou a mim no momento em que desejei que tudo acabasse. Entro num mundo só meu, onde a escuridão se torna banalidade, o consumismo é apagado pela necessidade de algo que desça pela garganta e apague as memórias de dias menos bons. Encontro no álcool os braços de calor e conforto que não consigo segurar nos humanos. Sonho por uma fuga para uma realidade alternativa onde o céu é cinzento e tudo à minha volta é aquilo que eu imagino, tudo o que desejo. O sonho de uma criança que ainda não cresceu completamente.
O vento vem e traz consigo a brisa de Verão, acompanhada com um serão de risos e cerveja, descanso na companhia de bons amigos, boa música, bons tempos. O Sol põe-se no horizonte, iluminando o Oriente, deixando para trás mágoas e histórias dos navegadores do Ocidente, donos do mundo, outrora reis, agora fardos à sociedade. E nos meus sonhos, tudo se torna realidade, tudo se molda conforme quero, no entanto esta altura do dia continua igual. Não é preciso mais ninguém, nenhum conforto especial, uma namorada, uma amiga, nada. Apenas eles, meus amigos, e as cervejas, os risos, as piadas, a gata a voar no meio do nada, a agradável brisa que espreita pela janela aberta. E eu sei que não vai durar, portanto há que aproveitar estes risos, pegar neles e usá-los para a viagem de volta a casa. A rotina começou. Mais uma semana morta, mais um desgosto e um pouco mais diferente no interior.
1 comentário:
Tirando a cerveja... it's all that i need too
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