terça-feira, 12 de agosto de 2008

Águas turvas

Sabes o conceito da chuva?
Não sabes mas sabes que eu sei.
Não sabes porque és uma nuvem cinzenta movida a dor,
Carbono transformado em pó que ascende aos céus cinzentos, máscaras para a tirania negra das estrelas.

Estavas errado no fim do mundo, continuas errado na sinfonia da nossa fusão,
Somos metal contra metal que se parte como pedaços de vidro,
Agarramos-nos aos grãos de areia e contamos-los até mil para definir a nossa relação,
Grão após grão, há queda e uma nova volta na vida.

Tocamos ao de leve os acordes das músicas e compomos uma nova tormenta,
Serenamos o que outrora fomos com palavras de falsidade e cinismo,
Agarramos os raios de Sol que nos aquecem a pele,
E, debaixo de um Universo obscuro, relançamos a nossa verdade aos infinitos da nossa mente.

Somos lendas compostas de fluidos que circulam livremente dentro de nós,
Somos filhos da água, guerreiros esquecidos por entre ondas e rochas,
Batalhamos por um outro dia em que adquirimos conhecimentos,
Somos frutos da mesma árvore, Aquário e Escorpião,
Caímos para águas turvas e poluídas, na esperança de encontrar o brilho nos olhos que nos escapou no dia 1 do tempo.

1 comentário:

Absiin disse...

tu e o teu jeitinho pra escrever..
ainda te devo a resposta dum certo poste.. lol..
esta muito bom! e nao é preciso dize-lo novamente.. toda gente ja o sabe ^^

ps. nao me tens linkada no teu blog :o