sábado, 22 de novembro de 2008

De ti

De ti, nada mais quero,
O sangue desordenado a correr pelo corpo,
Encontrado repouso debaixo do manto das tuas mentiras.

Se nada mais me ofereces que não um pedaço de estupidez,
Infidelidade destacada pelo ar entre nós.
Se nada mais controlo,
Então que se afundem no abismo tu e o teu maldito amor.

A rua apela mais à morte das letras,
Então repouso o meu corpo pesado sob as pedras.
O vazio ocupa a cama esta noite.

Olhos brilham no escuro,
Do gato castrado e condenado à espera de piedade,
De uma morte acompanhada com a luz,
Da mais simples palavra tua.

O rescaldo deste grande nevoeiro sobre nós,
Envolvendo-nos, juntando-nos.
Mas
Rejeito esta mão de destino.

Sei que sou eu que provoco essas lágrimas que te caem agora,
Que gosto me dá saboreá-las e então abandonar-te à tua confusão.

De ti, aceito apenas o abandono da longa jornada da nossa vida,
Deste maranhal de lutas e suor largado num duelo amigável.
Aceito a campa comum onde descansamos para a luta imortal,
De mãos dadas às estrelas.

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