sexta-feira, 8 de julho de 2011

Carência de alma

Digo à minha alma em noites perdidas em nada,
"Não te preocupes que eu encontro-te",
Verdade seja dita ainda nada fiz para encontrar-la.

Sendo que sou o rei deste monte
Preenchido de vazio e palavras ditas em vão,
Tenho direito a oferecer a alma a quem a encontre.

E então resta a palpitação do coração
Que tão corajosa e sobriamente palpita
No peito cerrado pela minha maldição

De me a recusar amar, de me entregar a quem convida,
De ser simplesmente demasiado ignóbil neste mundo,
A ser aquele que caminhar essa estrada evita.

E então silêncio, esse que me preenche o ser,
Misteriosamente caminhando pelos confins da alma
Perdida, onde quer que seja, esperando algum dia me reaver.

3 comentários:

Blood Tears disse...

Alma perdida, em busca do caminho, da entrega e do reconhecimento.....

Ocorrerá, algum dia?

Blood Kisses

Maria disse...

São palavras. Só assim fazem sentido, não é? Tornam-se feias e vazias quando proferidas em grandes quantidades. E bem, escusado será dizer que escreves lindamente e que tens muita mais alma do que um dia possas vir a saber.

sónia fernandes disse...

lá isso é verdade1!!! está mesmo muito bom!!!!
... gosto especialmente desta parte "verdade seja dita ainda nada fiz para encontrar-la"... conheceste bem!!!!