Um momento de silêncio por aqueles que partiram meu amor,
Viste-me na tua realidade distorcida no meio de comprimidos e químicos,
Viste-me incompleto, rendido à tua totalidade quebrada,
Falando sem saber, escrevendo inebriado em ti, querendo afastar os teus demónios,
Mas a história é contada de outra cor, o vento por nós soprou sem vontade ou favor,
Levando-me à loucura, cego por sentimentos tão singelos,
Jurando vingança a estranhos e amigos, tanta emoção e imaginação levada
Para o nada, fotografias e memórias que se juntaram à lista de ódios.
E o sangue escorre pela mão e pela parede,
Tolo foi eu em pensar que um dia poderia toldar uma vida conjunta
Contigo e com tudo o que pudesse vir no nosso caminho,
Longo, duradouro, pensei eu, em tempos de inocência maior que a felicidade,
E que felicidade foi essa! As memórias escorrem e a alma pede
Por mais mas o coração pesa pela dor que a mente não carrega, então muda!
Muda o que vejo, o que me revolve na mente, o que sinto,
Ainda que saiba que no final, tal como no início, o que me fizeste não foi maldade,
Foi uma realidade que ainda não aprendi a lidar, memórias tão agradáveis que passo noites acordado a recordar.
2 comentários:
Não acredito muito em mudanças extremas em seres como nós. Mas claro, pequenos pontos vão sendo limados e vamos evoluindo (ou em alguns casos regredindo) ao longo do tempo. As pessoas vão embora, Bruno. Ou então vamos nós, porque deixamos de saber como nos manter por perto. O que é certo é que temos sempre um prazo de validade. Triste, não é? Ora essa! Cada palavra vem somente de ti, porque não há duas palavras iguais. Não ditas e sentidas do mesmo jeito. Já agora, adoro o que escreves!
Esta forma de escreveres é algo que já fazes a alguns anos.. já deves ter material para uma longa história!!!
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