segunda-feira, 4 de julho de 2011

Tempo áureo

Tempo áureo que por mim passaste,
Olhaste e reconheceste mas não acenaste
A este rapaz com pressa de crescer
Ainda sem sabendo ao certo o que é viver.

Ódio de saber quem sou e nada fazer
Para mudar, acreditar, gostava de entender
A vida como ela é, aceitar que fantasias
Não trazem à minha existência alegrias.

Ainda hoje em mim pegaste, saudaste
E prometeste amar, logo de seguida duvidaste
Se essas palavras tinham razão de ser,
Se eram vontades momentâneas que irão desaparecer.

Não, errado, pensar e desabafar, imediatamente desaparecer
Sem justificação, coerência, coordenação com o ser haver,
Desta vida que tem algo teu que desconhecias,
Algo que existia mas que tu não sabias.

Convida a ficar, não é justo simplesmente passar
A correr e deitar abaixo, a enfraquecer
O que ainda não nasceu, não lhe deste asas para voar.

1 comentário:

sónia fernandes disse...

"Ódio de saber quem sou e nada fazer
Para mudar, acreditar, gostava de entender
...
Convida a ficar, não é justo simplesmente passar
A correr e deitar abaixo, a enfraquecer
O que ainda não nasceu, não lhe deste asas para voar."

Até parece que me percebes....