domingo, 10 de julho de 2011

Manhã de sono

Estou cansado e não estou. A mente esgota os seus devaneios, repete imagens e tenta criar alternativas que vão sempre cair no mesmo resultado.
Cansado. De adormecer mas não sonhar, de sonhar sem adormecer, de ver quem já não entra na minha vida mas que ainda assim caminha os mesmo trilhos que eu. Caras do passado. Vêm certamente assombrar. Lembrar aqueles tempos cobertos por uma névoa, incertos.
Cansado por fechar os olhos e relutantemente voltar a abri-los, curtas noites que cedem o espaço à manhã, trazendo a luz que dificulta o meu sono.
Não existe manhã. A luz do meio dia é a que me desperta o dia. E eventualmente será a quem me despedirei antes de adormecer.
Cansado. A mente é um redemoinho que abandonou todas as imagens pelo caminho, causando devastação na sua passagem. Cansado me despeço, a algo e ao nada que me acompanha pela manhã de sono.

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