sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Bons dias

Bons dias aos sonhos mal desenhados, às vidas ainda por planear, às sementes que semeei mas que estão ainda por colher. São tempestades de tempos futuros, criadas a partir de memórias do passado. São palavras conflituosas que trago à pele por vontade própria. Expresso-me ao vazio, atiro a minha réstia de luz, de esperança, para dentro do vácuo que engole tudo à sua volta. Com que finalidade? Pergunto-me porque sinto, porque ainda tento fazer sentir, porque tenho esta necessidade de me expressar. Confesso-me. E agora estou perdido, penso que atirei a chave da minha sanidade para o obscuro. Agora tenho demasiado medo para a ir buscar. A tempo, eu ficarei livre do que sinto e voltarei a ser livre para arruinar ainda outra hipótese de me sentir feliz noutra relação.

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