Que seja uma lição ao tempo,
Passou por aqui e tudo abandonou,
Ainda que, na realidade, a passar seja lento,
Para nós a felicidade era tanta que pareceu que ele voou.
Observando o Tejo e moderando o meu raciocínio,
Relembrando a vez que lá estive e as vezes em que já me perdi nestes pensamentos,
O meu estado de espírito e a minha força a chegarem a um desespero crítico,
A minha alma a chamar e o meu corpo a negar, o grito dos meus sentimentos.
Alimento, porventura, as suas ondas rebeldes,
A sua doença tão artificialmente criada,
Os seus contos de conquistas tão célebres,
E a sua glória de rei dos mares levada.
E ao tempo relembro,
Apenas a mim, numa confissão profunda, minto,
À minha verdadeira infelicidade renego,
Do fundo da minha alma, revelar o que sinto.
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