sábado, 2 de janeiro de 2010

Sinceramente, Bruno

Definitivamente não era o que queria fazer. Pelo menos já tenho algo novo sobre o que escrever. A vez em que falhei, que não aguentei, a pressão esgotou-me a energia e a minha resistência cedeu. Pensei que me ia sentir melhor, que isto me ia aliviar de alguma forma e permitir-me seguir em frente. Por momentos resultou. Mas fi-la chorar outra vez, tal como originalmente pensei que ia fazer. Nunca pensei que fosse tão afectado por alguém, nem que lhe faria tanto mal simplesmente dizendo que não consegui seguir em frente como normalmente sigo. Mas tenho consciência. Acima de tudo de que sou uma má pessoa, com gosto, e de que só consigo seguir em frente se conseguir tratar-la mal, responder-lhe sarcasticamente. Aí sei que voltei à minha normalidade e que segui em frente. Por enquanto acho que me vou resumir a tentar evitar-la, a viver o que vivi, da forma que o vivi. E talvez, quem sabe, recuperar aquela minha vontade de me divertir, fazer o que é suposto fazer com a minha idade, sair todas as semanas, beber uns copos, conhecer umas miúdas necessitadas de carinho e aproveitar-me delas. Perspectivas de um 2010 com um início nada risonho.


1 ano depois, podes dizer-me, estou igual...

2 comentários:

Kath disse...

Se tens consciência que fazes mal e se não o queres fazer, não és má pessoa.

Rita Cipriano disse...

andamos a aprender umas coisas, bruno? o pior sentimento do mundo é ver o fundo ao copo. o resto é paisagem.