quinta-feira, 26 de abril de 2007

Chamada

Ilumina-me o dia enquanto as nuvens, cinzentas, deixam cair em cima de mim toda a sua chuva e trovões com a fúria de mil homens. Uma história épica, tudo num dia, numa tarde solarenga de Primavera que me parece mais um dia típico de Inverno com os cinco ventos a circular ao meu lado e as chuvas a caírem na minha cabeça. A tempestade aproxima-se de mim apenas para me atormentar um pouco mais. Afasta-me os pensamentos de um dia solarengo, passado a relaxar no meu terraço contigo ao meu lado. Mas que ilusão será essa no futuro próximo. Uma ideia errada que me preenche os pensamentos. Mas nada muda, nunca muda. A história repete-se dia após dia. Tudo o que desejo é afastado e tudo o que conquisto é rapidamente limpo da face da terra.
Corro até à esquina para ver se me consigo esquivar de um futuro repetido que me obriga a ficar deprimido. Mas quando lá chego, já lá está a chuva à minha espera. E atrás mim os ventos riem-se. Não consigo mais correr e tentar encontrar um sítio melhor. Não consigo mais viver sem ouvir a voz dela. Mas a tua chamada alegrou-me. Afastou a tempestade durante um tempo agradável e fez-me esquecer tudo o que me aterroriza neste momento. Porque vives dentro de mim para todo o sempre. Aquela chamada que me fizeste hoje.

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