quarta-feira, 4 de abril de 2007

História de um Viajante

Viaja no tempo, traz-me as memórias do meu passado. Estou agora a dizer que é isso que quero. Manifesto-me de forma a conseguir um avanço para o espaço negro, um futuro esquecido e um passado ainda por viver. Qualquer dia, de qualquer forma, conseguirei recuperar todas as memórias que agora a minha mente não alcança. Apenas posso sonhar por esse dia. Porque ao Inferno estou condenado e à tristeza profunda que já se vê na minha cara quando estou distante. Algo pessoal fica para trás nesta vida, algo pessoal que irá marcar outra pessoa de forma profunda até decidir deixar essa vida de tristeza e voltar àquilo que era.
Agora ando, com os meus próprios pés. Mas as minhas pernas começam a ficar fracas e com dores. Mas tenho de continuar. Porque, a cada passo que dou neste caminho árduo, estou a menos um passo de chegar ao meu destino, pelo qual caminho e luto contra a fraqueza e contra os elementos. Até todos os Deuses que não existem e que nunca existiram me tentam atrasar com suas mentiras e teorias sem quaisquer provas nem fundamentos. Mas pergunto-me: será apenas um estado de mente, uma fraqueza que se ergue na minha mente e que, cada vez mais, me empurra para trás, me tenta fazer desistir do meu objectivo, daquilo pelo que luto, pelo significado da minha vida.
Todos os meus amigos me puxam e empurram. Todos gerem, de alguma forma, a sua influência em mim, de forma a que, de certa forma, consigam aquilo que querem no final do dia. Todos me dizem para aceitar o cargo da luta, a dor que traz e as saudades e os pertences pessoais que deixei para trás. Eu minto. Apesar de ser mais do que um mero humano. Apesar de não chegar a ser um Deus ou a um Diabo completo. Sou uma mistura de ambos que resulta na forma distorcida que aparece à vossa frente. Faço-me viajar, pelas areias, pelos mares, pelas áreas florestadas que restam nesta terra de humanos que apenas sabem errar. Porque usam a desculpa de que são apenas humanos e nada mais fazem para mudar isso. Acreditam naquilo que lhes dizem apesar de saberem que apenas mentem, que a vida é uma mentira e que não há salvação. Viajante porque não lhes contas a verdade?
A mentira doí de mais mas a verdade chega a matar. Oh viajante desta terra traz-lhes aquilo que lhes pertence e limpa a tua espécie da face da Terra apenas para ver esta a melhorar. Conta-lhes a tua história e abre-lhes o teu presente, a caixa de Pandora.

Viajante,
Trazes a verdade,
Mata toda a gente,
Aquilo que nem Deus sabe.

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