Acto Um (o início):
Escondes-te na sombra do teu destino, envergonhada do que és, envergonhada daquilo que te tornaste. Um anjo sem asas, sempre envolta de sombras e mistérios, mentiras e falsidade que te fazem crescer aos olhos da condenada humanidade. Vital a tudo o que és ou persegues, tornas-te cega à dor existente e palpável à tua volta, sentido apenas aquilo que a tua mente produz e não aquilo que a tua alma te diz. Ficaste surda aos gritos que lanças durante a noite, fazendo eco na tua cabeça, ignoras-te quando queres toda a atenção centrada em ti. Perdes-te em ti e encontras nos outros a desconfiança necessária. Fazes a mentira nascer da verdade dita da boca dos outros, inaudível mas esmagadora, trazendo-te abaixo, aumentando o teu ego e consumindo a tua força interior, o fogo eterno.
Acto Dois (a luta):
Sat in the darkness, I'll take control, I'll seek the truth in your tears, I'll seek the pain in your blood, I'll find the will to kill in my hands. Death hunts us in the start of the night, the sun setting over the hills and you become a shadow in the top of the monolith with one hand on your chests and another holding a black rose. It makes you bleed. Your blood is your calling, unable to be heard by anyone else but me. Hurting myself for the love of the longest sorrow, being a slave of the lost souls, the ghost of you by my side, slowly controlling and manipulating me, taking my mind into your vision. Distance works for both, it's the curse brought upon us to console in the rain and shadows, in our dark rooms when we're together in loneliness. It's our curse to eternity. Hell awaits us, the blazing fire that heats the red water for our never-ending torture. Listen to the music in the background, notest that the lyrics are about us.
Acto Três (revolução):
Desfolhando o livro da morte, a escritura penal de todas as almas, sentindo o poder nas minhas mãos, não conseguindo controlar a vontade de matar que cresce por dentro. E a alma, essa pinta-se de preto para disfarçar a sua transparência, protegendo-se do todo e do nada, receando qualquer movimento no ar, propenso à queda momentânea dos objectos suspensos pela mente. Obcecado ou louco pelas palavras nunca ditas, nada mais do que emoções, sentimentos provenientes das almas perdidas para as profundezas escuras do abismo do Inferno. Respondo aos teus pensamentos com ignorância aos teus desejos e aí fazes-me pecar contra mim próprio, derrubando este muro que construía com o tempo à volta do meu coração. E tempo é tudo o que é necessário para sentir que o sangue é amargo, que tudo mudou e que nós continuamos os mesmo idiotas que não têm salvação ou escapatória de nós mesmos. É isso que procuras? Esperas que eu seja uma escapatória ao engano e à solidão. É isso que tento ser, tanto que até te deixo controlares-me no meio de todas as árvores. Talvez até tento demasiado. E quero que isto seja mais do que passageiro, quero que isto seja real, na dor e no prazer, até na conjunção de ambos. E entrego-me a ti para tua felicidade.
Acto Quatro (restauro):
Departed souls have left you talking to the walls, answering to questions never made but thoughts of the trees and leafs. You've made me fell, above all, something of the soul, something true and honest, without deceptions or codes, just games of excitement and slavery. And you made me see that that garden is special, above all, it made you feel nostalgic. Remember the past and try to bring it to the present. Then, when you think that you're ready, let me be the rest of your life. Written all the lines, left the anger behind, it males you fell pleasure, do you feel any safer when I'm around? I hear your breathing, it is quick and I know that you're afraid. I'll try to comfort you in those occasions, I'll try to be your support and tell you that everything's alright, that I'm here and it's safe. Will you trust me then? Squeeze my hand a little harder if it makes the fear go away. I'll be your guide and your protection, I'll be your eyes when you're blind, I'll be by your side until you don't need me. Then you'll crush my heart into little bits.
Acto Cinco (escolhas de autor):
E dizer que tenho saudades tua não chega, dizer que dias são apenas horas e que horas passam depressa não mata a saudade. Porque fiquei viciado no teu cheiro, no prazer que me dá a tua companhia, os jogos mentais que fazes comigo. E então vês-me as feições e percebes finalmente as imperfeições, a parte que falta remodelar para que este monstro consiga disfarçar a alma presa no interior. Alguém se esqueceu de me acabar. E recebo a tua dor de braços abertos, deixo de ser o teu jogo preferido devido à teimosia do meu carácter e percebo que nunca vou ter a paz que preciso, apenas ocasionais momentos de felicidade de que necessito. Agora instala-se o silêncio pré-anunciado por vozes nunca ouvidas ou ignoradas, controladas ou manipuladas por servos de ignorantes e cegos à dor alheia, a mesma que se instalou sobre mim hoje. Respondo ao ar que tudo isto não é nada mais que a minha escola, e escolhi-te a ti porque representas algo em mim, porque te tornas-te o espelho o reflexo de mim próprio. E serás tu a diferenciação entre a minha perdição e a minha salvação.
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