domingo, 27 de julho de 2008

Benīgnus hominem, Misha

Deixem-me adormecer para num próximo dia acordar com a visão dos seus olhos direccionados directamente para mim. O frio e o calor já não afectam esta terra distante, marcada pelas constantes guerras, vitórias daqueles que partiram e que cá nada deixaram. Mas poucos foram os que admitiram que havia causa nobre e justa para se morrer. Então eu reclamo todo este país com orgulho e poder por um mero sorriso na tua face. A noite cai e nada mais deixo para dizer senão que estou aqui sentado e a minha mente ocupa-se com a tua memória.
Deixem-me sonhar e ver as noites eróticas misturadas com algo mais poderoso que palavras. Tudo o que se diga não será comparado a uma noite contigo nos meus braços, todas as imagens não encontraram as suas mil palavras pois tu roubaste-as todas da minha mente quando entraste para a minha vida. Abandono fantasias de vampiras e de futilidades para encontrar uma semente de uma árvore que está ainda para crescer, lentamente. Com o tempo encontra-se o eterno abraço entre duas serpentes.
Regresso a tempos de sorrisos e alegria, abandonando a nostalgia e palavras gastas em causas esquecidas. Prossigo a luta contra o tempo, agarro-me ao desespero de estar aqui, ver o que vejo sem a tua presença carnal ao meu lado. A minha alma agarra-se à tua e juntas voam para um sítio melhor, para a eternidade em campos verdes e lagos cristalinos. E com a certeza que um dia encontraremos o nosso terreno de fantasia afasto os meus demónios para o outro lado do mundo. Encontrei em ti o meu ser mais sereno, pacífico e nobre.

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