Os dias de Verão vieram e trouxeram consigo um novo calor, acordando a minha alma da sua hibernação. Um toque quente que cria uma ilusão no meu coração, palavras que não podem ser descritas pelo simples facto do ser, um queda para a neblina que rodeia o teu futuro e o meu. O teu coração faz um cerco ao meu, o muro que construí para evitar que o sangue jorrasse para almas indefinidas, sonhos preenchidos de branco, uma maneira de todos estes jogos acabassem, à medida que as pedras de mármore caem em falso movimento.
Os raios de Sol distribuem-se pelo vento num caminho tremido, dança frenética ao som da música celta que nos incita em avançar até às grandes, abraçados na eterna sensação de dor e medo. Enfrentamos obstáculos pelos caminhos, tropeçando nas pedras e espinhos cravados no chão para nos fazer cair e desistir. Mas eu agarro-me a ti, com todo o meu peso morto, desmaiando na escuridão da multidão, preso na minha inactividade. Então reconheces as minhas lágrimas, agarrando-me no vento que te passa e me recebe, levando-me para longe do teu calor.
Quero saber o que desejas, o que procuras quando olhas para os meus olhos. A respiração pára aí, juntamente com o tempo, e sei que poderia ficar ali, contigo nos meus braços, toda a noite, à espera de uma única palavra. E pintaria um quadro deste momento apenas com palavras para evitar guerras futuras de mortais por um sorriso na tua cara. Então ficariam os teus olhos retratados para sempre, confissões de um imortal, teu fraco imortal.
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