Correntes são o que me prendem aqui,
Num caminho deturpado por folhas,
Epopeias de antigas sementes dadas como sacrifícios,
Relançando o fascínio nos contos há tanto tempo esquecidos.
São palavras que vos escrevo,
Sentimentos de que me esqueço,
Talvez até os ignore,
Ignóbil, inútil, paralisado com medo, alimentado com calor.
Não preencho remorsos em folhas de papel,
Desligo-me de todas essas coisas fúteis,
Encontro na bebida o meu melhor companheiro de viagem,
Substituindo as lágrima em que não encontro vantagem.
A minha voz, cordas de guitarras partidas,
Lanço um grito por entre civilizações esquecidas,
Perco-me no ser de ouro residente em ti,
E ganho novamente esperança em mim.
Preservo a minha sanidade, esquecida,
Por entre árvores e arbustos,
Dou-me de alimento a abutres,
Para recuperares a tua alma perdida.
Construo uma nova palavra épica,
Para descrever esta minha vida boémia,
E encontro em ti não o que não quero ser,
Mas sim uma nova vontade de viver.
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