domingo, 2 de setembro de 2007

Memórias nunca perdidas.

De novo a noite cai sobre nós,
E sinto que toda a mentira e ilusão morreu,
Assim que oiço no ar a tua voz,
O medo interior de te perder desapareceu.

Porque caminhas por entre as campas,
Neste cemitério há muito deixado,
Quando cais, porque não te levantas,
Sentes que o teu amor foi levado?

Deixa o sangue escorrer,
Vives para morrer,
Até a Lua se voltar a esconder,
E o Sol se voltar a ver.

Continuas distante,
Apesar de ainda sentir a tua alma,
Continuas no espaço, uma viajante,
Pensas que nunca vais conseguir ser salva.

Profanas o teu ser,
Rasgas a pele que te cobre,
A tua alma desejas vender,
Para quem te traga a morte.

Deixa-me estar aqui,
Na escuridão da sombra,
Porque desde o momento que te vi,
Desejo é o sentimento que me assombra.

Observo-te por entre pedras,
Caminha nas tuas lágrimas,
Quebro todas as regras,
Para te fazer esquecer das tuas mágoas.

Trazes contigo a dor do passado,
Não consegues avançar,
E todo o teu amor foi levado,
De modo a que não possas voltar a errar.

Memórias nunca perdidas,
Sangue saído de feridas,
Agonias por ti sofridas,
Ilusões demasiado vividas.

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