quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Violeta

Deito-me para adormecer,
Esperando o amanhecer,
Desespero, perdido em sonhos e visões,
Assombrado por fantasmas e vilões.

Viro-me e espero,
Penso em recomeçar tudo do zero,
Admiro a escuridão,
Que me traz a tão adorada solidão.

Penso no meu amor,
No quanto desejo cheirar o seu odor,
Mas ela partiu,
Apenas a minha alma a viu.

Choro ao vento,
Espero e sento,
O regresso da minha violeta,
Envenenada por uma seta.

Possuído pela saudade,
Nunca aceitando a verdade,
Porque a verdade magoa,
Enquanto a sua alma voa.

Violeta encantada,
Onde ficaste repousada,
Como pudeste deixar os teus demónios soltos,
Lentamente deixando-nos loucos.

Toda a minha insanidade,
Causada pela tua saudade,
Deixaste para trás o teu odor,
Que assombra o meu amor.

És a causa do meu horror,
És a responsável pela minha dor,
Onde está a tua alma, violeta,
A cada segundo o meu coração, por ti, rebenta.

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