sábado, 1 de setembro de 2007

O teu derrame

Na escuridão andas,
Neste cemitério escondido,
Em tua própria alma mandas,
Porque o teu destino já te foi lido.

Muitas mentiras ficam escondidas,
Presas na obscuridade da verdade,
Mas as lágrima de ti vindas,
Apenas revelam mais a tua beldade.

Como caminhar numa terra de horrores,
Enquanto a morte nos persegue,
E toda a gente se contorce com dores,
Tanta a gente cai, tanta a gente cede.

Deitas-te sobre a campa dele,
Choras pela tua perda,
Dizes que lhe dás a tua pele,
Suave como seda.

Apenas para o ver uma vez mais,
Sentir o toque dos seus lábios,
Mas chegas à conclusão que desse sonho nunca sais,
Algo escrito à muito por tontos sábios.

Continuas a derramar o teu sangue,
Sozinha na escuridão,
E continua o teu derrame,
Embora em vão.

1 comentário:

Anónimo disse...

fixe.
E quem é que inspirou esse poema?!
O meu poema Space Dementia..

**