sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Neste tipo de monstro

Um passo mais perto de algo mais que o simples conceito do teu ser. Uma morte tão desejada, tão esperada, ansiada por uma alma imortal e imoral, corrupta e pura, não merecendo nem céu nem Inferno, consumindo as forças vitais da Terra, trazendo consigo o pecado sagrado que mata o desejo humano de sonhar e viver, aproveitando os raios do Sol para queimar esta frágil prisão de carne e pele. Esmorecendo, procurando uma saída, uma salvação, o antídoto para este veneno que me corre nas veias. Vejo-te de braços abertos aproveitando o Sol para desaparecer. Fica aqui, morrendo lentamente comigo.
Escondo-me nas sombras dos teus sonhos, agachado como um pequeno rapaz, aterrorizado de que a verdade possa vir acima, de que tu te reveles à luz da natureza. Destrói-te, desaparece deste sítio de terror a que chamamos mãe terra. A minha verdadeira mãe brilha no céu durante a noite. Nada nem ninguém me importa mais. Espero que o Apocalipse das Estrelas se abata sobre esta terra maldita onde puseste as tuas patas imundas de pecado. Mataste todos os sonhadores e puros, afastaste a inocência das crianças, retiraste a riqueza de espírito e a força de vontade dos humanos apenas para o teu puro prazer. Não me tragas nada menos que um sinal de força para recuperar, lembrar os tempos esquecidos pelas areias do tempo, aquelas gotas que verteste em minha memória e minha honra. Essa honra há tanto tempo desaparecida, morta pelo teu amor que era mais forte que o próprio Universo. O que te tornaste? Neste tipo de monstro que me consome.
Mantêm-se o silencio entre nós. O silencio conforta-me. Vamos mantê-lo assim.

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