domingo, 25 de março de 2007

Desculpa...

Hoje pensei que estava a ser injusto em estar sempre falar dos meus problemas contigo e, naturalmente, sabia que tu também tinhas, que também precisavas da minha ajuda. Sempre procurei em ti refugio mas nunca deixei que fosse eu o teu refugio. Uma relação, mesmo de amizade, não pode ser formada assim. Não pude mudas e acabámos por chocar contra uma parede de tijolos que esmagou a nossa relação de forma a que ficou irreconhecível. Devo dizer que agora choro por dentro por esta falha entre nós. Tenho medo que te afastes de mim, não respondendo ao pedido quase em choro que te fiz naquela noite. Mas agora a nossa relação deu uma volta, talvez que nem tenha sido provocada por nós, mas está virada do avesso. Não quero que deixes de falar comigo, muito menos que fiques chateada ao ler este texto. Não estou zangado contigo, muito pelo contrário, estou zangado comigo próprio por não ter conseguído equilibrar a nossa relação nem ter tido o mínimo de sensibilidade de falar contigo acerca dos teus problemas.
Fala, grita comigo, desde que te ajude a passar pelos problemas a que passas. Desculpa por nunca ter falado contigo dos teus problemas mas, se há algo que devias saber acerca de mim, é que a minha pessoa egocêntrica controla-me e nunca me lembro dos outros nem dos seus problemas. Desculpa por nunca ter lá estado quando precisavas de mim. Desculpa por nunca ter as palavras cercas na boca e desculpa por não ser a fonte de conforto que gostava de ser para ti.

Desculpa-me por ser o que não gosto de ser...

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