Como a Primavera,
O vento sopra,
e eu faço uma cara severa,
enquanto as folhas dão uma volta.
Como o Verão,
o calor do amor,
e da paixão,
deixam o seu ardor.
Como o Outono,
as folhas caem,
e eu deixo de ter sono,
e as palavras saem.
Como o Inverno,
estou frio,
estou sério,
e repouso num rio.
Como as estações,
eu mudo,
aprendo lições,
e ao mesmo tempo fico surdo.
Volto à minha infância,
quando era sempre Verão,
e sempre sentia ânsia,
mas agora deixei de ser são.
Ainda penso nesses tempos,
com a melancolia a encher-me,
mas agora foram levados pelos ventos,
mas deixem-me preencher-me.
As saudades ainda restam,
As lágrimas já foram derramdas,
Quaisquer que as pessoas sejam,
São àguas passadas.