Não tentes percebe-me pois o fundo da minha mente é demasiado complicada e obscura para uma mente frágil como a tua. Não te quero magoar, é tudo o que te posso dizer. Nada mais quero neste momento do que não magoar nem preocupar os meus amigos e pessoal que se preocupa comigo. Não pedi a vossa ajuda e não agradeço a vossa preocupação pois isso só magoa mais. Não quero parecer pobre e mal agradecido mas se é assim que eu faço passar a mensagem, que o seja. Não mudarei. Nada tenho planeado para o futuro se não perseguir os meus pensamentos. Não estou doente, não preciso ajuda. Não sou mais um doido à solta, sou apenas eu próprio. Não me conheces nem me percebes. Por isso dizes que posso precisar de ajuda.
Ela é igual ou parecida comigo mas está assim sem ser por opção própria. É o que acho estranho e, nos meus restantes momentos de vida impura, tentarei ajudá-la a viver melhor e a descansar-se de qualquer problema ou preocupação que ela tenha. Por isso não lhe conto os meus problemas nem lhe mostro o que escrevo. Só lhe mostrei um poema que escrevi que até vocês acabaram por gostar. Ela ficará bem sem mim assim que perceber que tem bons amigos e que não necessita de alguém a quem sente uma atracção física, já que ela apenas me viu uma vez. Isto deixar-me-a por aqui mais uns tempos, tempos incertos e sempre de chuva em cima de mim.
Quero também dizer que não sou aquele pseudo-adulto a quem chamas "pai". Não vou ser um fracasso como ele e esta é apenas mais uma motivação para a minha vontade. Sim, sinto-me desconfortável a falar dos meus pensamentos tão abertamente. Mas posso-te dizer que ele já foi mas já não é uma figura fraternal para mim, é apenas mais um peso. Chama-me maluco, desnaturado, bastardo, o que quiseres mais isto é o que peso e que faço e nada que tu ou outra pessoa posso fazer para o mudar.
Apenas mais uma coisa: não sei se tens notado mas a Inês nalguns dos meus textos é a Inês que tem uma casa à frente da nossa em Tomar.
1 comentário:
Nunca tinha dado pela Inês em lado nenhum... vocês, tal como eu, usam pseudónimos.
quanto à questão da percepção ou não: eu não te quero perceber do teu ponto de vista, quero do meu!
Enviar um comentário