Assim que aterrámos em terra firme, fomos escoltados por elfos até à presença do seu rei. Observei atentamente as armaduras com siglas desconhecidas até ao mais sábio imortal. Mas não me pareciam palavras de paz, nem me davam sensação de tranquilidade. As suas armaduras brilhavam à luz das tochas acesas, as suas caras estavam duras e frias, prontas para a guerra que se seguiria. Mentalizaram-se de que havia a grande possibilidade de morrerem na sua batalha, não chorariam nem implorariam por misericórdia quando deitados na lama, feridos e a sangrar profundamente. Encaravam essa morte com dignidade e orgulho. Guerreiros poderosos e destemidos, dignos de histórias contadas para toda a amaldiçoada eternidade. A cada passo seu, a terra tremia e o céu estremecia. O silêncio reinava por entre estes soldados. Seguimos o rei dos elfos e outros vários elfos para a tenda do rei, onde os planos de batalha se encontravam e todo o nervosismo e ansiedade se encontravam. Sentia-se a ansiedade no ar no entanto todos os elfos se mantiam calados.
-Sentem-se! - disse o rei fazendo um sinal com a mão, apontando para dois sofás majestosos, cobertos em veludo, encostados a cada canto da tenda. -Gostaria de saber o que fazem no nosso campo. Fui informado pelos guardas que tinham entrado mas nada fiz por pura curiosidade. Creio que não seja uma pergunta muito difícil de responder.
- Eu estou aqui de passagem. Peço a sua permissão para atravessar a sua majestosa e maravilhosa floresta de forma a continuar o meu caminho. Não quero lutas nem confusões, apenas me encontrar com o meu destino. - Disse eu com uma voz calma e baixa de forma a mostrar respeito, a deixar perceber que sabia que estava na presença de um rei. - Não o queria ofender de maneira alguma.
- Nada disso. Penso que é bem sabido que apenas atravessam a minha floresta quem eu quero. E você senhora, que faz atravessando a minha floresta? Supôs que viesse com ele mas nada disse que confirmasse as suas palavras.
Olhei para ela de forma a tentar descodificar a sua expressão mas a sua cara mantinha a forma rígida e bela. Ela olhou para mim com os seus olhos verdes. Por momentos perdi-me nos seus olhos mas voltei a mim mesmo quando senti o olhar do rei também sobre mim. Apenas então ela falou:
- Eu ando a seguir Ollan. Tal como ele disse, ele procura o seu destino. O mesmo eu o faço. Sigo-o porque penso que ele faz parte do meu, mesmo que ele rejeite essa ideia. - Ela parecia cada vez mais segura de si a cada palavra dita.
- Assim é a vossa história. Não confio totalmente no que dizem, o que espero que compreendam pois estamos em vésperas de batalha e os meus soldados estão apenas metalizados para a total aniquilação do nosso inimigo. Por isso, cada ser que nos encontre e não seja elfo com uma bandeira nossa, é considerado inimigo. A vossa sorte foi terem sido reconhecidos como uns dos poucos dos imortais.
- Contra quem será esta batalha?
- Avançamos para o desconhecido. Apenas sentimos que há uma força negra a ganhar energias para além das Vouhlt. Para lá nos dirigimos. São convidados em pernoitarem connosco mas terão de abandonar a floresta assim que nós partirmos.
-Agradeço a sua ajuda e aproveito-a. Também preciso de descansar.
- Também a agradeço e aproveito.
- Muito bem, direi a alguns soldados para montarem uma tenda para ambos. É o melhor que vos posso dar.
Assim deixámos a tenda do rei e caminhamos para as luzes das tochas...
Continua...
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Ashes on the grave
As quick as I look, as quick as I go, leaving the ground behind and flying towards the open sky, a cursed soul among the rest of the useless world, seeking guidance and passage into the immortal rest besides the great one's of Valhalla, the warriors that once brought the Earth's peace and that will return once again to bring the apocalypse and destroy all mortal beings, worthy or unworthy of a better life. Justice is blind to all the humans for the sins committed against the world and the Universe's natural balance, nothing is natural on them besides the will to kill and destroy, leaving to decay the autumn leaves that fly from the trees into the ground just to be carried away by the wind into their certain doom, burned in the hands of a mortal stranger.
Black figures, shadows of dreams, walk on cemetery at night, protecting those who have fallen and sending their souls into something better, a place where they can finally lay forever. Trough the harvest passage, face scared by long and epic wars, hands cold and cut by the leaves carried by wind, he finds the way into the gateway of his future. Blood thirst and flesh hunger, consuming the energy that the ashes on the graves send to the air, sending away the sorrow contained inside me. Void contracting in my head has I fly towards that special place that I call home.
Black figures, shadows of dreams, walk on cemetery at night, protecting those who have fallen and sending their souls into something better, a place where they can finally lay forever. Trough the harvest passage, face scared by long and epic wars, hands cold and cut by the leaves carried by wind, he finds the way into the gateway of his future. Blood thirst and flesh hunger, consuming the energy that the ashes on the graves send to the air, sending away the sorrow contained inside me. Void contracting in my head has I fly towards that special place that I call home.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Lua
Tornei-me um viciado em ti,
No escuro estás no meu pensamento,
Nos teus olhos, a tua dor li,
Enquanto te vir banhada pelos raios da lua ao relento.
Encontro nas tuas lágrimas a saudade,
Na tua face brilham as gotas de água,
Nunca em ti encontrarei aquela vaidade,
Apenas a emoção da pura verdade.
Parece mentira,
Uma ilusão a olhos impuros e não merecedores,
Humanos condenados a sofrer a ira,
De todos os deuses não existentes vingadores.
Vejo o teu reflexo do outro lado do lago,
Sério e reflectindo uma tristeza profunda,
Com um sentimento agora renovado,
Atiro este corpo à água, onde se afunda.
Leva-me contigo para entre as estrelas,
Deixa-me brilhar contigo,
Deixa-me vê-las,
Como o demónio que tenho sido.
No escuro estás no meu pensamento,
Nos teus olhos, a tua dor li,
Enquanto te vir banhada pelos raios da lua ao relento.
Encontro nas tuas lágrimas a saudade,
Na tua face brilham as gotas de água,
Nunca em ti encontrarei aquela vaidade,
Apenas a emoção da pura verdade.
Parece mentira,
Uma ilusão a olhos impuros e não merecedores,
Humanos condenados a sofrer a ira,
De todos os deuses não existentes vingadores.
Vejo o teu reflexo do outro lado do lago,
Sério e reflectindo uma tristeza profunda,
Com um sentimento agora renovado,
Atiro este corpo à água, onde se afunda.
Leva-me contigo para entre as estrelas,
Deixa-me brilhar contigo,
Deixa-me vê-las,
Como o demónio que tenho sido.
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Left alone
I drawn myself in tears,
I bring back the pain of before,
I watch the door close as she leaves,
I'll hide myself in Earth's core.
I'm going blind,
I'm bleeding out,
We match, we combine,
In her soul I get caught.
But she has left,
I'm here all alone,
Awaiting for my time of death,
Seeing the decay of my head bone.
My spirit froze,
My soul is trapped,
Will she save me from those,
Whom left me cursed.
While I'm laying around dead,
She's somewhere living and breathing,
Without everything said,
She has left me alone and sad.
I bring back the pain of before,
I watch the door close as she leaves,
I'll hide myself in Earth's core.
I'm going blind,
I'm bleeding out,
We match, we combine,
In her soul I get caught.
But she has left,
I'm here all alone,
Awaiting for my time of death,
Seeing the decay of my head bone.
My spirit froze,
My soul is trapped,
Will she save me from those,
Whom left me cursed.
While I'm laying around dead,
She's somewhere living and breathing,
Without everything said,
She has left me alone and sad.
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Anjo do silêncio
Porque olhas para o horizonte vermelho enquanto que o Sol caí no abismo do Universo, chorando pelas almas que passaram pela tua vida e tu perdeste? Mantém a tua cabeça levantada pois muitas outras almas por ti passarão, por ti sentirão emoções que a mente produz, ilusões que apenas te fazem desejar tu própria caíres no abismo do Universo. Mentiras e traições constituem esta vida, uma picada venenosa de uma besta feroz qualquer, saída do canto obscuro da tua alma, enquanto que tu te sentes e perdida e confusa, esperando um sinal meu na noite preenchida pelo nevoeiro que torna o teu caminho enigmático. Guia-te pela minha constelação, Scorpius, agarra a minha mão e caminha comigo para o futuro incerto.
A noite é fria e o mistério e o medo são apenas alimentados pelo crepúsculo trazido pelo nevoeiro cerrado que te cobre. Mas mesmo sem te ver, sinto a tua alma. Chama por mim, chora o meu nome e vê a luz da porta de casa quando te sentires perdida. A humanidade condenou-se à nascença, um futuro condenado à destruição por uma estrela que lhes fornece luz e calor. Deixaram neste planeta a sua marca, criaram a destruição de mais um planeta que foi criado para uma lenda e não para ser engolido por um buraco negro. Nem mesmo a tua alma acarinhada pelos deuses, desejada pelos eternos fogos do Inferno e consumida pela maldição que cerca a humanidade, pode salvar esta terra do destino pelos humanos escolhido.
No silêncio caminhamos, por entre o nevoeiro enigmático para o futuro incerto.
A noite é fria e o mistério e o medo são apenas alimentados pelo crepúsculo trazido pelo nevoeiro cerrado que te cobre. Mas mesmo sem te ver, sinto a tua alma. Chama por mim, chora o meu nome e vê a luz da porta de casa quando te sentires perdida. A humanidade condenou-se à nascença, um futuro condenado à destruição por uma estrela que lhes fornece luz e calor. Deixaram neste planeta a sua marca, criaram a destruição de mais um planeta que foi criado para uma lenda e não para ser engolido por um buraco negro. Nem mesmo a tua alma acarinhada pelos deuses, desejada pelos eternos fogos do Inferno e consumida pela maldição que cerca a humanidade, pode salvar esta terra do destino pelos humanos escolhido.
No silêncio caminhamos, por entre o nevoeiro enigmático para o futuro incerto.
domingo, 26 de agosto de 2007
Sanity's over
What's behind the haze,
What's the truth in the lie,
I seek the honour in my blaze,
As the future passes me by.
I see my hands dirty,
They're filled with blood,
While I struggle to keep my sanity,
I'm washed away by a flood.
An intense feeling comes,
It consumes me,
That intense feeling goes,
And I can barely breath and see.
Am I going to be forgotten,
By the sands of time?
Or am I going to be remembered,
In the books of the ages?
A serpent crawls inside,
In my heart rules the emptiness,
In my mind,
The rule is bitterness.
Sanity's over,
Hidden behind the leaves clover,
Vanished and forsaken,
Punished and forgotten.
What's the truth in the lie,
I seek the honour in my blaze,
As the future passes me by.
I see my hands dirty,
They're filled with blood,
While I struggle to keep my sanity,
I'm washed away by a flood.
An intense feeling comes,
It consumes me,
That intense feeling goes,
And I can barely breath and see.
Am I going to be forgotten,
By the sands of time?
Or am I going to be remembered,
In the books of the ages?
A serpent crawls inside,
In my heart rules the emptiness,
In my mind,
The rule is bitterness.
Sanity's over,
Hidden behind the leaves clover,
Vanished and forsaken,
Punished and forgotten.
sábado, 25 de agosto de 2007
Tears of the Dead
Tears coming down from above, where the grey clouds cover the bright blue sky and make the world a dark and empty place, where all humans seek for light and guidance, holding each other as Death passes them by, taking their souls, one by one. A shadow of the Hell's monster appears in the end of the street and all that they do is to stand and wait for a hero to save them. The beast comes closer with his colossal teeth's and eats the people that are in his away. Blood is spilled trough the windows of the buildings near by. People running, leaving children and old people behind, seeking for a saviour, for help, for a chance to survive. But no one is really free from the fate ahead, the doom that lays within the words and actions of humanity, the bodies and souls of the human beings, forever condemned to an eternity of pain in the fire blazing of Hell.
The human stains the ground with his red blood, the devil's mark on the humans veins. See the rain fall into the faces of the dead. They have spilled their blood on this Earth and their souls have left the bodies laying in the floor, dead and useless. Maybe even food for the beast but surely not enough to please the demons that rose from Hell. Tears of the dead transform this Earth into a green and red place, where darkness will hunt the sinners into their coffins and torture them in their after life. All going under, where the tears of the dead are the payment into Heaven.
The human stains the ground with his red blood, the devil's mark on the humans veins. See the rain fall into the faces of the dead. They have spilled their blood on this Earth and their souls have left the bodies laying in the floor, dead and useless. Maybe even food for the beast but surely not enough to please the demons that rose from Hell. Tears of the dead transform this Earth into a green and red place, where darkness will hunt the sinners into their coffins and torture them in their after life. All going under, where the tears of the dead are the payment into Heaven.
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Something's
Something's so true,
Something's so fake,
But in the end, we don't have a clue,
We just swim in our lake.
In times of death,
Pity is just a cross,
And hope is a dream,
Behind the sadness of the loss.
What would I win with a lie,
In this times where the light is fraudulent,
While the people pass me by,
They'll ask what I always meant.
Defined and overrated,
Conquered and tossed,
Born out of death and hope,
Beneath the guiding light of love.
What am I meant to do,
While you dance in the rain,
I seek the truth in you,
But it's all in vain.
All the hope,
The human being,
All the love,
That hate isn't seeing.
We're existing,
We're living,
While we're killing,
Another being.
Something's so fake,
But in the end, we don't have a clue,
We just swim in our lake.
In times of death,
Pity is just a cross,
And hope is a dream,
Behind the sadness of the loss.
What would I win with a lie,
In this times where the light is fraudulent,
While the people pass me by,
They'll ask what I always meant.
Defined and overrated,
Conquered and tossed,
Born out of death and hope,
Beneath the guiding light of love.
What am I meant to do,
While you dance in the rain,
I seek the truth in you,
But it's all in vain.
All the hope,
The human being,
All the love,
That hate isn't seeing.
We're existing,
We're living,
While we're killing,
Another being.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Where I lay
At the black,
No sorrow, no pity,
I know you'll be back,
Back to my reality.
Just sitting here,
Thinking of you,
Why can't you let me be me,
In whatever I may do?
The truth is ugly,
But the lie is worst,
You're gone, sadly,
In my mind, there's still your ghost.
It's all useless,
Nothings worth it,
And for you I do nothing less,
But to be me and sit.
I still wait,
For a positive answer,
Why won't you take the bait?
Won't you heal this cancer?
I'm all alone,
And in the rain I cry,
The bad things are done and gone,
Come here, where I lay.
Never know your sadness,
Never tasted your tears,
I just have this damn bitterness,
That the time ruins.
No sorrow, no pity,
I know you'll be back,
Back to my reality.
Just sitting here,
Thinking of you,
Why can't you let me be me,
In whatever I may do?
The truth is ugly,
But the lie is worst,
You're gone, sadly,
In my mind, there's still your ghost.
It's all useless,
Nothings worth it,
And for you I do nothing less,
But to be me and sit.
I still wait,
For a positive answer,
Why won't you take the bait?
Won't you heal this cancer?
I'm all alone,
And in the rain I cry,
The bad things are done and gone,
Come here, where I lay.
Never know your sadness,
Never tasted your tears,
I just have this damn bitterness,
That the time ruins.
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Mana mais velha
Algo é verdadeiro,
Aquilo que eu vejo,
Quando vejo os teus olhos,
Mas espero não os ver velhos.
A esperança é falsa,
O amor é raro,
Dança a salsa,
Eu vou estar sempre ao teu lado.
Desprezáveis humanos,
A quem chamas família,
Têm a capacidade de nos deixar insanos,
Será tua mas jamais minha.
Aquela data que se avizinha,
Não chega para mais do que uma advinha,
Somente tu e ele felizes,
Nada mais importa.
Isto é por ti,
Não me ligues,
Esqueço tudo o que li,
Se em ti vir um sorriso naquele dia.
Aquilo que eu vejo,
Quando vejo os teus olhos,
Mas espero não os ver velhos.
A esperança é falsa,
O amor é raro,
Dança a salsa,
Eu vou estar sempre ao teu lado.
Desprezáveis humanos,
A quem chamas família,
Têm a capacidade de nos deixar insanos,
Será tua mas jamais minha.
Aquela data que se avizinha,
Não chega para mais do que uma advinha,
Somente tu e ele felizes,
Nada mais importa.
Isto é por ti,
Não me ligues,
Esqueço tudo o que li,
Se em ti vir um sorriso naquele dia.
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Começo
Saído da escuridão, caminhando para a luz. Tenho a natural dificuldade de ver pois os meus olhos ainda não se adaptaram à luz que o Sol irradia para a Terra. Consigo ver a luz mas não consigo sentir o calor. Ultimamente o calor é algo que me tem escapado e muito. Demasiadas noites passadas ao relento numa viagem interminável pela busca de algo inexistente e sem valor nenhuma a mais ninguém que não a mim. Não comunico com ninguém pois ninguém conheço e não me interessa conhecer. Ao contrário de as outras pessoas, não são as crianças a correr nas ruas com um sorriso que parece eterno estampado na cara que me alegra, não é a companhia de bons amigos, aqueles com quem saímos de casa e vamos beber um cerveja a um bar, contamos os problemas e nos gabamos dos feitos e das raparigas que conquistamos na rua. Não, hoje em dia apenas aprecio a solidão do meu caminho. Continua a ser esse o meu destino, após milhões de anos de luta, encontros épicos com senhores da luz e esperança, mortes trágicas destas almas imortais que invés de se tratarem como irmãos e unirem para dominar esta terra, andamos a combater até haver apenas um. Cegos somos pela raiva e inveja que sentimos por dentro que não conseguimos chegar a consenso acerca de um líder para nós, para a humanidade e para esta terra. Há milhões de anos, fomos criados.
Passo por meio de candeeiros e olhos expectantes, ansiosos por uma demonstração de habilidade com a minha espada. Espada essa que foi forjada no cume do vulcão Híntradu, lar e local de nascimentos de todos os anões, até hoje desconhecidos para os humanos. O seu aço é o material amaldiçoado dos deuses da criação. Cada um deles mato quando corto a cabeça a cavaleiros da luz que defrontaram o seu ultimo combate épico. Que as suas almas descansem e regozijem da paz de Valhalla. Sinto mais uma vez a observação dos seus olhos verdes, atentos como que um felino selvagem à espera do momento certo para saltar e dominar a sua presa. Os seus olhos queimam-me a nuca, por isso sei que ela está ali comigo. Da última vez que nos defrontamos, ela prometeu deixar-me em paz, pois sou um homem amaldiçoado e um amor destes apenas me traria mais dor e desperdício de tempo que a noite. Ela segue-me à dias. Nenhum de nós consegue negar o amor que sentimos um pelo outro. Queima por dentro uma chama incessante que se limita a ocupar-me a mente com pensamentos de pecador. Ocupo a mente com uma melodia dos deuses para me distrair da sua presença e continuo a caminhar rumo ao destino desconhecido. Quem sabe, se calhar até será o meu fim.
Piso as folhas secas de Outono no chão enquanto entro na floresta controlada pelos ocultos elfos. Os humanos não os vêm pois são demasiado lentos. Estas árvores, duras como o aço da minha espada, constituem a floresta de Salihitri, a floresta encantada dos elfos. Os humanos lentamente a destruiram com as maquinações, por isso as nossas almas imortais, que conseguem ver os elfos, estão proibidas de lá entrar a menos que seja por convite ou à força. Nenhum dos dois é o meu caso. Estou ali mesmo para me aproximar do meu destino. Parado à frente da floresta, vejo os olhos brilhantes dos elfos escondidos no escuro à espera de um movimento meu. Que seja aqui que eu descanse eternamente. Começo a andar pela frente e noto a sua precipitação para me impedir, apesar de nunca se aproximar de mim. O seu desleixo fez com que ela se mostrasse e agora tem os olhos dos elfos pousados nela. Não olho para trás para evitar que haja qualquer tipo de comunicação que a faça chorar e impedir-me assim de continuar por este caminho. Não aguentaria ver os seus lindos e míticos olhos verdes a chorar lágrimas de amor. Seria superior a mim. Caminho em frente e penetro na floresta. Os olhos já não estão focados em mim mas sim nela. Parece que me deixam passar, mesmo não tendo sendo convidado. Encontrarei luta mais à frente contra os Elfos de Sothür ou conseguirei atrevassar o meu caminho em paz? Agora não interessa. Perco-me também na escuridão na esperança de que ela passe também. Pode não ser uma companhia para falar mas sempre é uma companhia. Para além de que sei que fico com a retaguarda vigiada. Ela vem em frente e também penetra na floresta sem problemas. Espero por ele por entre duas árvores. Posso precisar da sua ajuda para derrotar os elfos de Sothür mais no futuro, caso seja esse o caso.
Ela olha para todos os lados à minha procura e começaria mesmo a correr, não fosse eu agarrá-la por um braço.
- Deixaram-nos passar na entrada. Isso só acontece porque notaram que somos demasiado poderosos para eles e deixaram-nos para os cavaleiros de Sothür ou porque viram que não lhes queremos mal e deixar-nos-ao seguir o nosso caminho. De qualquer das maneiras teremos de caminhar juntos até ao fim da floresta. - Conseguia ver na cara dela a vergonha por ter sido descoberta a fazer algo que ela própria tinha concordado em não fazer.
Caminhamos no silêncio da noite, sempre cientes de que estávamos a ser observados por mil e um olhos que se formavam numa enorme nuvem cinzenta sobre as nossas cabeças enquanto passávamos por entre estas árvores que milénios duraram. Nunca olhando para o lado, sabendo que não era o medo que a possuia mas sim a vergonha e embaraço. Estar na companhia dela fazia-me sentir bem mas tinha agora de me concentrar em algo mais importante do que a beleza divinal da sua juventude. Vejo no fundo, muito depois desta fase primária da floresta, luzes de tochas e fogos ateados. Os Sothür foram com certeza chamados a intervir. Não teríamos mais algum remédio que não lutar. Parei por um momento para observar o reboliço ao longe, tentando captar quantos eram exactamente. Ela parou ao meu lado. Só aí olhei para ela e vi que os seus olhos brilhavam com a luz das tochas ao longe. Estava a chorar. Mesmo com o perigo eminente dos Sothür, a elite dos elfos, e com a constante observação dos elfos guardas da floresta, ela não conseguiu conter as lágrimas. Mas não quis dizer nada. Penso que reparou que estávamos à beira de um desfiladeiro, com a Lua a brilhar no céu limpo, a ser observados por aqueles que nos consideravam inimigos e a observar aqueles que seriam o nosso maior desafio. Deve ter achado romântico. Para ela poderíamos morrer ali, assim ela saberia que a amaria até à morte. Mas como estamos destinados a uma vida infinita, o amor parece-nos sempre tão relativo e pouco profundo. Uma coisa superficial que se vai esmorecendo com o passar dos séculos.
Recomecei a andar, cada vez mais depressa, tentando fazê-la esquecer aquele momento e fazê-la aperceber daquilo que iríamos sofrer. As suas lágrimas rapidamente foram limpas pela brisa quente que por ali passava. A sua face parecia agora determinada e pronta para a luta. Enquanto andava tentei elaborar um plano de fuga mas todas as saídas iam dar a luta.
-Vamos ter com eles. Se queremos realmente passar esta floresta teremos de dizimar os guardiões desta floresta. A minha mãe guiar-nos-à. - com isto dito deixei que a minha alma tomasse conta do meu corpo e a transformação começou. A minha face desconfigurou-se revelando os meus caninos saliente, os meus olhos pareciam agora manchas pequenas na minha face e a minha expressão causava horror a todos os humanos. As minhas asas pretas saíram do meu esqueleto. Estava então pronto para a batalha, só me faltava tirar a espada. Olhei para ela e vi que a sua face continuava bela, mesmo que transformada. A sua transformação era simples. Apenas lhe saíam as asas vermelhas e os caninos ficavam salientes. Os seus olhos belos continuavam iguais. Algo que ela sempre detestou. Gostava de conseguir assustar os humanos apenas com a sua face mas tudo o que consegue fazer é enfeitiçá-los com a sua beleza. Voámos juntos em direcção às luzes.
Já no ar, ela deu-me a mão. Via o que ela pensava e sentia mas não dizia. Ela sabia que eu sentia o mesmo. Algo nasceu naquele momento pois todas as flechas e lanças que nos foram atiradas falharam. E os elfos têm a reputação merecida de nunca falharem uma flecha que seja, desde treinos a combates. Abráçamo-nos e beijámo-nos. Então lançamo-nos ao desafio. Mas nada parecia ser um ataque contra nós mas sim uma preparação para uma partida para guerra. Nunca esperei que os visse assim mas então assustei-me apenas de pensar naquilo que eles pensariam que ia-mos fazer,transformados, cheios de raiva e com sede de sangue. Vi então o rei dos elfos. Ele também me viu. Desci em direcção a ele até que flechas e lanças de aviso foram atiradas. Então deixámo-nos cair ao solo e decidimos continuar o caminho a pé.
Continua...
Passo por meio de candeeiros e olhos expectantes, ansiosos por uma demonstração de habilidade com a minha espada. Espada essa que foi forjada no cume do vulcão Híntradu, lar e local de nascimentos de todos os anões, até hoje desconhecidos para os humanos. O seu aço é o material amaldiçoado dos deuses da criação. Cada um deles mato quando corto a cabeça a cavaleiros da luz que defrontaram o seu ultimo combate épico. Que as suas almas descansem e regozijem da paz de Valhalla. Sinto mais uma vez a observação dos seus olhos verdes, atentos como que um felino selvagem à espera do momento certo para saltar e dominar a sua presa. Os seus olhos queimam-me a nuca, por isso sei que ela está ali comigo. Da última vez que nos defrontamos, ela prometeu deixar-me em paz, pois sou um homem amaldiçoado e um amor destes apenas me traria mais dor e desperdício de tempo que a noite. Ela segue-me à dias. Nenhum de nós consegue negar o amor que sentimos um pelo outro. Queima por dentro uma chama incessante que se limita a ocupar-me a mente com pensamentos de pecador. Ocupo a mente com uma melodia dos deuses para me distrair da sua presença e continuo a caminhar rumo ao destino desconhecido. Quem sabe, se calhar até será o meu fim.
Piso as folhas secas de Outono no chão enquanto entro na floresta controlada pelos ocultos elfos. Os humanos não os vêm pois são demasiado lentos. Estas árvores, duras como o aço da minha espada, constituem a floresta de Salihitri, a floresta encantada dos elfos. Os humanos lentamente a destruiram com as maquinações, por isso as nossas almas imortais, que conseguem ver os elfos, estão proibidas de lá entrar a menos que seja por convite ou à força. Nenhum dos dois é o meu caso. Estou ali mesmo para me aproximar do meu destino. Parado à frente da floresta, vejo os olhos brilhantes dos elfos escondidos no escuro à espera de um movimento meu. Que seja aqui que eu descanse eternamente. Começo a andar pela frente e noto a sua precipitação para me impedir, apesar de nunca se aproximar de mim. O seu desleixo fez com que ela se mostrasse e agora tem os olhos dos elfos pousados nela. Não olho para trás para evitar que haja qualquer tipo de comunicação que a faça chorar e impedir-me assim de continuar por este caminho. Não aguentaria ver os seus lindos e míticos olhos verdes a chorar lágrimas de amor. Seria superior a mim. Caminho em frente e penetro na floresta. Os olhos já não estão focados em mim mas sim nela. Parece que me deixam passar, mesmo não tendo sendo convidado. Encontrarei luta mais à frente contra os Elfos de Sothür ou conseguirei atrevassar o meu caminho em paz? Agora não interessa. Perco-me também na escuridão na esperança de que ela passe também. Pode não ser uma companhia para falar mas sempre é uma companhia. Para além de que sei que fico com a retaguarda vigiada. Ela vem em frente e também penetra na floresta sem problemas. Espero por ele por entre duas árvores. Posso precisar da sua ajuda para derrotar os elfos de Sothür mais no futuro, caso seja esse o caso.
Ela olha para todos os lados à minha procura e começaria mesmo a correr, não fosse eu agarrá-la por um braço.
- Deixaram-nos passar na entrada. Isso só acontece porque notaram que somos demasiado poderosos para eles e deixaram-nos para os cavaleiros de Sothür ou porque viram que não lhes queremos mal e deixar-nos-ao seguir o nosso caminho. De qualquer das maneiras teremos de caminhar juntos até ao fim da floresta. - Conseguia ver na cara dela a vergonha por ter sido descoberta a fazer algo que ela própria tinha concordado em não fazer.
Caminhamos no silêncio da noite, sempre cientes de que estávamos a ser observados por mil e um olhos que se formavam numa enorme nuvem cinzenta sobre as nossas cabeças enquanto passávamos por entre estas árvores que milénios duraram. Nunca olhando para o lado, sabendo que não era o medo que a possuia mas sim a vergonha e embaraço. Estar na companhia dela fazia-me sentir bem mas tinha agora de me concentrar em algo mais importante do que a beleza divinal da sua juventude. Vejo no fundo, muito depois desta fase primária da floresta, luzes de tochas e fogos ateados. Os Sothür foram com certeza chamados a intervir. Não teríamos mais algum remédio que não lutar. Parei por um momento para observar o reboliço ao longe, tentando captar quantos eram exactamente. Ela parou ao meu lado. Só aí olhei para ela e vi que os seus olhos brilhavam com a luz das tochas ao longe. Estava a chorar. Mesmo com o perigo eminente dos Sothür, a elite dos elfos, e com a constante observação dos elfos guardas da floresta, ela não conseguiu conter as lágrimas. Mas não quis dizer nada. Penso que reparou que estávamos à beira de um desfiladeiro, com a Lua a brilhar no céu limpo, a ser observados por aqueles que nos consideravam inimigos e a observar aqueles que seriam o nosso maior desafio. Deve ter achado romântico. Para ela poderíamos morrer ali, assim ela saberia que a amaria até à morte. Mas como estamos destinados a uma vida infinita, o amor parece-nos sempre tão relativo e pouco profundo. Uma coisa superficial que se vai esmorecendo com o passar dos séculos.
Recomecei a andar, cada vez mais depressa, tentando fazê-la esquecer aquele momento e fazê-la aperceber daquilo que iríamos sofrer. As suas lágrimas rapidamente foram limpas pela brisa quente que por ali passava. A sua face parecia agora determinada e pronta para a luta. Enquanto andava tentei elaborar um plano de fuga mas todas as saídas iam dar a luta.
-Vamos ter com eles. Se queremos realmente passar esta floresta teremos de dizimar os guardiões desta floresta. A minha mãe guiar-nos-à. - com isto dito deixei que a minha alma tomasse conta do meu corpo e a transformação começou. A minha face desconfigurou-se revelando os meus caninos saliente, os meus olhos pareciam agora manchas pequenas na minha face e a minha expressão causava horror a todos os humanos. As minhas asas pretas saíram do meu esqueleto. Estava então pronto para a batalha, só me faltava tirar a espada. Olhei para ela e vi que a sua face continuava bela, mesmo que transformada. A sua transformação era simples. Apenas lhe saíam as asas vermelhas e os caninos ficavam salientes. Os seus olhos belos continuavam iguais. Algo que ela sempre detestou. Gostava de conseguir assustar os humanos apenas com a sua face mas tudo o que consegue fazer é enfeitiçá-los com a sua beleza. Voámos juntos em direcção às luzes.
Já no ar, ela deu-me a mão. Via o que ela pensava e sentia mas não dizia. Ela sabia que eu sentia o mesmo. Algo nasceu naquele momento pois todas as flechas e lanças que nos foram atiradas falharam. E os elfos têm a reputação merecida de nunca falharem uma flecha que seja, desde treinos a combates. Abráçamo-nos e beijámo-nos. Então lançamo-nos ao desafio. Mas nada parecia ser um ataque contra nós mas sim uma preparação para uma partida para guerra. Nunca esperei que os visse assim mas então assustei-me apenas de pensar naquilo que eles pensariam que ia-mos fazer,transformados, cheios de raiva e com sede de sangue. Vi então o rei dos elfos. Ele também me viu. Desci em direcção a ele até que flechas e lanças de aviso foram atiradas. Então deixámo-nos cair ao solo e decidimos continuar o caminho a pé.
Continua...
domingo, 19 de agosto de 2007
Escritos de um demónio
Sento-me na beira da estrada e espero que o nevoeiro passe. Sangro profundamente, esta ferida dentro de mim que demora a cicatrizar está a corroer-me por dentro. As minhas mãos estão machadas de sangue mas nada posso fazer para as limpar se não esperar que venha a chuva e apague todas as memórias da luta mortal que acabei de ter. Vejo toda a civilização ao fundo com todas as suas luzes e memórias. O seu medo pelo obscuro e desconhecido é tão ridículo que muitas vezes se torna cómico. Mas este não é o momento para rir. Este é o momento de luto. Dois demónios restantes neste mundo e a imortalidade de um destes está prestes a acabar.
Tenho a cara manchada de lama mas continuo a caminhar pois dirijo-me para um sítio onde apenas o infinito existe. Nada mais importa, nada de materialismos, superioridades ou ignorância. Apenas o poder que existe por dentro de ambos os demónios. Nenhum dos dois quer combater mas a causa está acima de tudo. Apenas a um de nós ela ama, amor verdadeiro, amor que arde como as chamas em madeira. Lutamos para definir qual de nós vai ficar com ela. Mas ela chora. Chora gotas de sangue que nos são apelativas, nosso alimento. Este é o meu vazio, a razão pela qual gosto da chuva e da escuridão, porque me sinto em casa quando estou sozinho. Ela mostra-me que há mais do que apenas esta luta idiota e a vida infinita. Existe o amor que ela demonstra por mim.
A demonstração de galos acabou. A ferida ainda não cicatrizou, nem nunca vai, pois o que a fecha é o amor mas tal blasfémia criada pela mente dos humanos morreu, foi atirada para o lixo como que um fardo, um peso nas costas. Perdi todas as esperanças que tinha em encontrar a minha alma gémea pois aprendi que tal não existe. Cada alma é única, até de este demónio demente que eu sou. Crio mil e uma razões para estar escondido no canto escuro, afastado do sol que me queima a pele. Gosto da solidão e escuridão do meu canto, nada que alguém me possa alguma vez tirar. Já faz parte da minha alma, da minha entidade. Não levantarei a cabeça pois isso só me fará rebaixar e quebrará este orgulho amaldiçoado. Tempos malignos onde a escuridão reinará virão e tudo o que os humanos acreditam e construíram na sua mente acabará destruido com as suas esperanças e sonhos.
A eternidade é algo que para mim foi destinado. Assim como a dor e o vazio que sinto por dentro. Amaldiçoado eu fui mesmo antes da minha alma nascer. Nunca fui destinado a um propósito maior, a felicidade e sorrisos. Esta dor sempre me perseguirá. Esta ferida foi aberta há muito tempo e o sangue que por ela saiu já me devia morrer, não fosse eu um demónio amaldiçoado com a vida eterna. Espero agora entre as árvores, na floresta, pela chuva e por um dia melhor. Até parece mentira aquilo que sinto e digo. Mas contento-me apenas por ouvir as lágrimas dos deuses a cair no chão, nas folhas que cairam no chão. Olho para a escuridão na esperança de encontrar algo que me faça mover mas tudo o que vejo são os seus olhos verdes a chorarem, o seu cabelo loiro a voar enquanto que o vento sopra para a sua bela face.
Levanto-me para outro dia. Pelo menos penso que é dia pois as altas árvores acabam por ocultar toda a luz que o sol emite. Apenas a água da chuva deixam passar. Por isso caminho para lá da floresta, a caminho das rochosas montanhas onde apenas o cume é branco de neve. Algo mágico rodeia estas partes. A sombra oculta-me dos olhos mais curiosos dos passageiros por aquela estrada maligna construída pelos humanos. Nunca pensaram nas consequências dos seus actos e agora estão a sofre-las. Esta passagem foi para sempre banida por os velhos druidas dos tempos medievais. Ignoro os olhos passageiros e concentro-me na viagem que tenho na frente. Mas tudo o que vejo são os olhos dela a chorarem, a sua boca a largar palavras de desespero, a expressar os sentimentos que lhe passam na cabeça. A raiva, as saudades, a dor, o amor que ela nutre por mim. Mas há muito que o meu coração foi deitado para o lixo como que uma máquina construída com uma deficiência. E aprendi que a minha mente engana, que os meus olhos mentem e que apenas na minha alma posso confiar quando situações de perigo se atravessam na minha frente.
Muitos homens já foram mortos pelas minhas mãos ou pela minha espada construída pelos elfos dos países nórdicos já não existentes, submersos na água para esta humanidade que é a maldição deste mundo não descobrir, apenas para um dia voltar a emergir e corrigir todos os erros e pecados pelos humanos cometidos contra o nosso lar. Não consigo distrair a minha mente dos pensamentos dela e não consigo apagar as memórias dela. Desespero no meio das árvores e arbustos. Grito o nome dela numa entoação muda, sinal de que algo nasce dentro de mim. Corro o mais rápido que posso para me afastar deste sítio que apenas me trás de volta aos pecados do passado. Não existirá algo superior a mim que me possa acabar com esta eternidade de sofrimento com um golpe?
O vento passageiro levanta o meu cabelo cinzento. Olho para os lados e tudo o que vejo é a escuridão confortante que me leva a pensar que existe a hipótese de conseguir esquecer tudo o que existe nesta terra e recomeçar noutro sítio diferente. Volto a olhar para a minha frente e vejo-a. Parece-me que está ali mas continuo a correr pensando que é uma ilusão. Ela continua a chorar sangue. Tenta-me. Mostra-me o seu pescoço onde corre o seu sangue puro, nunca provado e que corre por entre artérias e veias. A sua beleza divinal deixa-me cego momentaneamente. Aí percebo que não é uma ilusão mas sim a sua presença que se encontra perante mim, desejando o calor esquecido do meu corpo e o amor morto que pensei perdido. Vejo os seus olhos verdes e perco-me neles. Sinto-me nas alturas mas rapidamente volto a mim. Não espero a felicidade numa relação, espero a felicidade na morte.
Pego numa folha caída e seca do chão e entrego-lhe para a mão. É algo para ela se lembrar de mim nos tempos futuros, que estarei distante a esquecê-la e a tentar o que tanto desejo, a morte da minha alma. Essa alma amaldiçoada que já dura desde o início dos tempos, tempos que ela própria iniciou apenas para conhecer o verdadeiro amor que está agora a deixar escapar. Atiro-me aos fogos do Inferno em batalhas épicas. Flechas e espadas encontram-se à minha frente mas nada me atinge, nada me rasga a carne, apenas este amor e vida eterna que é a maldição da minha vida.
Tenho a cara manchada de lama mas continuo a caminhar pois dirijo-me para um sítio onde apenas o infinito existe. Nada mais importa, nada de materialismos, superioridades ou ignorância. Apenas o poder que existe por dentro de ambos os demónios. Nenhum dos dois quer combater mas a causa está acima de tudo. Apenas a um de nós ela ama, amor verdadeiro, amor que arde como as chamas em madeira. Lutamos para definir qual de nós vai ficar com ela. Mas ela chora. Chora gotas de sangue que nos são apelativas, nosso alimento. Este é o meu vazio, a razão pela qual gosto da chuva e da escuridão, porque me sinto em casa quando estou sozinho. Ela mostra-me que há mais do que apenas esta luta idiota e a vida infinita. Existe o amor que ela demonstra por mim.
A demonstração de galos acabou. A ferida ainda não cicatrizou, nem nunca vai, pois o que a fecha é o amor mas tal blasfémia criada pela mente dos humanos morreu, foi atirada para o lixo como que um fardo, um peso nas costas. Perdi todas as esperanças que tinha em encontrar a minha alma gémea pois aprendi que tal não existe. Cada alma é única, até de este demónio demente que eu sou. Crio mil e uma razões para estar escondido no canto escuro, afastado do sol que me queima a pele. Gosto da solidão e escuridão do meu canto, nada que alguém me possa alguma vez tirar. Já faz parte da minha alma, da minha entidade. Não levantarei a cabeça pois isso só me fará rebaixar e quebrará este orgulho amaldiçoado. Tempos malignos onde a escuridão reinará virão e tudo o que os humanos acreditam e construíram na sua mente acabará destruido com as suas esperanças e sonhos.
A eternidade é algo que para mim foi destinado. Assim como a dor e o vazio que sinto por dentro. Amaldiçoado eu fui mesmo antes da minha alma nascer. Nunca fui destinado a um propósito maior, a felicidade e sorrisos. Esta dor sempre me perseguirá. Esta ferida foi aberta há muito tempo e o sangue que por ela saiu já me devia morrer, não fosse eu um demónio amaldiçoado com a vida eterna. Espero agora entre as árvores, na floresta, pela chuva e por um dia melhor. Até parece mentira aquilo que sinto e digo. Mas contento-me apenas por ouvir as lágrimas dos deuses a cair no chão, nas folhas que cairam no chão. Olho para a escuridão na esperança de encontrar algo que me faça mover mas tudo o que vejo são os seus olhos verdes a chorarem, o seu cabelo loiro a voar enquanto que o vento sopra para a sua bela face.
Levanto-me para outro dia. Pelo menos penso que é dia pois as altas árvores acabam por ocultar toda a luz que o sol emite. Apenas a água da chuva deixam passar. Por isso caminho para lá da floresta, a caminho das rochosas montanhas onde apenas o cume é branco de neve. Algo mágico rodeia estas partes. A sombra oculta-me dos olhos mais curiosos dos passageiros por aquela estrada maligna construída pelos humanos. Nunca pensaram nas consequências dos seus actos e agora estão a sofre-las. Esta passagem foi para sempre banida por os velhos druidas dos tempos medievais. Ignoro os olhos passageiros e concentro-me na viagem que tenho na frente. Mas tudo o que vejo são os olhos dela a chorarem, a sua boca a largar palavras de desespero, a expressar os sentimentos que lhe passam na cabeça. A raiva, as saudades, a dor, o amor que ela nutre por mim. Mas há muito que o meu coração foi deitado para o lixo como que uma máquina construída com uma deficiência. E aprendi que a minha mente engana, que os meus olhos mentem e que apenas na minha alma posso confiar quando situações de perigo se atravessam na minha frente.
Muitos homens já foram mortos pelas minhas mãos ou pela minha espada construída pelos elfos dos países nórdicos já não existentes, submersos na água para esta humanidade que é a maldição deste mundo não descobrir, apenas para um dia voltar a emergir e corrigir todos os erros e pecados pelos humanos cometidos contra o nosso lar. Não consigo distrair a minha mente dos pensamentos dela e não consigo apagar as memórias dela. Desespero no meio das árvores e arbustos. Grito o nome dela numa entoação muda, sinal de que algo nasce dentro de mim. Corro o mais rápido que posso para me afastar deste sítio que apenas me trás de volta aos pecados do passado. Não existirá algo superior a mim que me possa acabar com esta eternidade de sofrimento com um golpe?
O vento passageiro levanta o meu cabelo cinzento. Olho para os lados e tudo o que vejo é a escuridão confortante que me leva a pensar que existe a hipótese de conseguir esquecer tudo o que existe nesta terra e recomeçar noutro sítio diferente. Volto a olhar para a minha frente e vejo-a. Parece-me que está ali mas continuo a correr pensando que é uma ilusão. Ela continua a chorar sangue. Tenta-me. Mostra-me o seu pescoço onde corre o seu sangue puro, nunca provado e que corre por entre artérias e veias. A sua beleza divinal deixa-me cego momentaneamente. Aí percebo que não é uma ilusão mas sim a sua presença que se encontra perante mim, desejando o calor esquecido do meu corpo e o amor morto que pensei perdido. Vejo os seus olhos verdes e perco-me neles. Sinto-me nas alturas mas rapidamente volto a mim. Não espero a felicidade numa relação, espero a felicidade na morte.
Pego numa folha caída e seca do chão e entrego-lhe para a mão. É algo para ela se lembrar de mim nos tempos futuros, que estarei distante a esquecê-la e a tentar o que tanto desejo, a morte da minha alma. Essa alma amaldiçoada que já dura desde o início dos tempos, tempos que ela própria iniciou apenas para conhecer o verdadeiro amor que está agora a deixar escapar. Atiro-me aos fogos do Inferno em batalhas épicas. Flechas e espadas encontram-se à minha frente mas nada me atinge, nada me rasga a carne, apenas este amor e vida eterna que é a maldição da minha vida.
sábado, 18 de agosto de 2007
Fight for survival
I feel like a stranger to this world. I walk in this streets once again at night. Am I looking for something? I keep my head down, I only look up to see the stars and my mother shinning in the sky. The eyes of the persons that pass me by are empty. There's a light coming from their skull. Holy blasphemy that seeks for me deep in the woods, unaware that I've found the darkness I need in the corner of the city, where the dead man has awaken his army and is now moving towards you. but the thought of making a sin against my honour has brought me this far away from home. I need the time to think of what my next step will be.
A new day arrives and without surprise, Death has once again come to town to take the souls of the damned. His minions have forsaken me, what makes my journey even harder. But he has not. I'm still on his mind. His son, his successor, his Rising star, this crippled demon trapped inside of me, the one that defied both God and the Devil and rose up from Hell to this condemned Earth. Betrayed by the few one's that I still trusted, my fate has become so dark that not even the light of the moon can show me what it is. This haze has fallen upon the city and everything is grey. I don't know the way to the rest of my life, I'll just move forward.
This journey to glory has died. Now is a fight for survival. I follow the bats that have escaped of their cage and go into the darkness of a cave to sleep and hope of a hero to save me. But Death still awaits me to continue his job. What is this life that I lead? Blind and hopeless, I'll keep moving forward. Wait for me in no man's lands.
A new day arrives and without surprise, Death has once again come to town to take the souls of the damned. His minions have forsaken me, what makes my journey even harder. But he has not. I'm still on his mind. His son, his successor, his Rising star, this crippled demon trapped inside of me, the one that defied both God and the Devil and rose up from Hell to this condemned Earth. Betrayed by the few one's that I still trusted, my fate has become so dark that not even the light of the moon can show me what it is. This haze has fallen upon the city and everything is grey. I don't know the way to the rest of my life, I'll just move forward.
This journey to glory has died. Now is a fight for survival. I follow the bats that have escaped of their cage and go into the darkness of a cave to sleep and hope of a hero to save me. But Death still awaits me to continue his job. What is this life that I lead? Blind and hopeless, I'll keep moving forward. Wait for me in no man's lands.
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Rain fetish
There are those that scream, there are those that keep the silence to them selves. I'm the one that is essential, I stand our in the rain just to receive the thoughts of the gods. Keep me wise, keep me in place, save me from myself and pull me to another place, above all clouds and people. I get the tears in my head, my hair is wet and slippery. I open my eyes to see your crying eyes right in front of my face. I put my face in your face in a way to console you. I see what goes on in your mind by your look. Don't worry, it won't be long. I see your eyes that are just equal to mine. I see my soul in your sadness and sorrow. Let me ease the pain.
I stand outside, looking in. There you are, looking back at me, with that sadness and sorrow in your eyes. Let me be the one to clean your tears. But when I come closer, you just step backward. Are you afraid of me? Or are you just too afraid to see yourself in me like I see myself in you? It's an idea but you just keep on proving it. I enjoy the rain that is falling upon me but you just keep yourself dry inside home. You cry your own rain. You build a river just with your tears. Why do you cry? Since you don't let me close to you, since you don't stand out in the rain with me, why do you cry? I'll seat here, waiting for you to join me. Hope someday you come here. Before the sun comes and I burn. Even burning, I'll be waiting for you. Since you don't join me in the rain, will you join me in death?
I see myself trough your eyes. I touch your lips with my fingers just to see if you're really here. It's raining and you're outside with me. Love isn't the only thing that matters here, you are. I'll cover you from the never-ending tears of pain from the gods with my body. I don't want you wet, just want you safe, with me. This window of pain is no longer dirty with blood. You've gave me hope, you've kept me standing in the rain. Bring your sorrow and sadness with you because I'm the one that causes it. Leave me into a new world and tell me that you're better. I'll be happy in the rain.
I stand outside, looking in. There you are, looking back at me, with that sadness and sorrow in your eyes. Let me be the one to clean your tears. But when I come closer, you just step backward. Are you afraid of me? Or are you just too afraid to see yourself in me like I see myself in you? It's an idea but you just keep on proving it. I enjoy the rain that is falling upon me but you just keep yourself dry inside home. You cry your own rain. You build a river just with your tears. Why do you cry? Since you don't let me close to you, since you don't stand out in the rain with me, why do you cry? I'll seat here, waiting for you to join me. Hope someday you come here. Before the sun comes and I burn. Even burning, I'll be waiting for you. Since you don't join me in the rain, will you join me in death?
I see myself trough your eyes. I touch your lips with my fingers just to see if you're really here. It's raining and you're outside with me. Love isn't the only thing that matters here, you are. I'll cover you from the never-ending tears of pain from the gods with my body. I don't want you wet, just want you safe, with me. This window of pain is no longer dirty with blood. You've gave me hope, you've kept me standing in the rain. Bring your sorrow and sadness with you because I'm the one that causes it. Leave me into a new world and tell me that you're better. I'll be happy in the rain.
Black rose
Black rose,
In the field of life,
Waiting to be released,
Hoping the Devil to rise.
Follow the wind,
Take the sickness,
This ground of disease,
Keeps you alive.
Seek Satan's minions,
Stand in the darkness,
Understand our visions,
Nobody feels your emptiness.
Pull me under,
Bring me down,
Before I go higher,
Keep me on the ground.
Make me bleed,
Help me see,
There's no future for me,
I'm just a bad seed.
Cut me open,
with your spikes,
Let my soul breath,
The fresh breeze.
Black rose,
Your the Devil's creation,
My lover,
In the midnight's excitation.
In the field of life,
Waiting to be released,
Hoping the Devil to rise.
Follow the wind,
Take the sickness,
This ground of disease,
Keeps you alive.
Seek Satan's minions,
Stand in the darkness,
Understand our visions,
Nobody feels your emptiness.
Pull me under,
Bring me down,
Before I go higher,
Keep me on the ground.
Make me bleed,
Help me see,
There's no future for me,
I'm just a bad seed.
Cut me open,
with your spikes,
Let my soul breath,
The fresh breeze.
Black rose,
Your the Devil's creation,
My lover,
In the midnight's excitation.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
No feelings at all
Look around in the darkness and tell me what you see. Tell me what you feel when I leave behind to the hands of the demons. Because you know that they'll feed of your brain. Hope for the angels to drop from the sky and save you from the terrible fate that you have in front of you. But your sins from the past are too much heavier for the angels to carry. They can't clean your errors. No one can, not even you. That's why you'll die alone, old and bitter with the sun focusing his heat on you. Hope you melt along with your lack of intelligence.
You're in a thin line above a never-ending abyss and you're trying to keep walking forward, not to fall. The darkness bellow is hunting, sure, but it's your curse to meet me in the end of the abyss where I shall get my revenge. The blood that runs trough your veins is all that I seek. The death of your mortal soul, the one that I can't feel anymore. Don't want it either. I'll slowly drink the blood from you, kill you and giving myself pleasure. Fall into your fate, the dark abyss where I lay, waiting for you.
All alone, I feel in home. My veins are full of blood and no one to bleed for except myself. That is the right way to live. Without any distractions, just meaningless actions. I'll live in the dark with the music always there to console me.
You're in a thin line above a never-ending abyss and you're trying to keep walking forward, not to fall. The darkness bellow is hunting, sure, but it's your curse to meet me in the end of the abyss where I shall get my revenge. The blood that runs trough your veins is all that I seek. The death of your mortal soul, the one that I can't feel anymore. Don't want it either. I'll slowly drink the blood from you, kill you and giving myself pleasure. Fall into your fate, the dark abyss where I lay, waiting for you.
All alone, I feel in home. My veins are full of blood and no one to bleed for except myself. That is the right way to live. Without any distractions, just meaningless actions. I'll live in the dark with the music always there to console me.
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
The end
Alone I've found what I was looking for. This happiness comes from the darkness and solitude that I now have. It fulfils me. This is all I need, this is all I want. My wish to the death star has begun to fulfil itself. Movement from underground pulls me under. I don't feel low, I just feel free. I'm in the Hell that I need, with the blazing fire and temptation for the sins that condemn humanity and this Earth. Swimming in this pool, the hot fires won't burn me, they'll just tempt me to go even further in the garden of life. I'll burn the leaves of my past. They're my sins and my nightmares. That way I'll be able to live.
This leaves are red of blood. The blood that I've cried for my lost innocence. Right now, it doesn't look so lost because I still believe in foolish lies, in love and happiness. That sort of things that humans have created just to ease their heads at night and not to despair about the thought of suicide or dyeing alone. Hail the holy loneliness and the thought of suicide. Those are the real standards of life. After all, you live to die, why not do it yourself.
This leaves are red of blood. The blood that I've cried for my lost innocence. Right now, it doesn't look so lost because I still believe in foolish lies, in love and happiness. That sort of things that humans have created just to ease their heads at night and not to despair about the thought of suicide or dyeing alone. Hail the holy loneliness and the thought of suicide. Those are the real standards of life. After all, you live to die, why not do it yourself.
Mind of a demented demon
Who's got the answer to all the questions that circle around all the minds in the world? Heavy hearted and painfully full of joy, I look up to the rain clouds in the sky, the clouds of summer. It's a joy to see the God's cry and their tears fall down like little drops of water the the humans like to call rain. Every tiny thing around me seems so fake, this world looks so made out from the scratch just to be my curse. Never asked to live but now here I am, in pain. Who's to save me?
It's raining outside. I love to ear the tears of the Gods fall on the floor, taking the old and dry leafs with them. I wait patiently for the whispering wind to come and take those leafs away. Looking at them is like running to the oppose of me, a fragile and weak being that doesn't know how to defend itself. Am I suppose to feel pity or any other feeling for those beings? I'm condescend to anyone that talks to me, I'm an obvious hater, a selfish being that doesn't belong in any place. I like it that way. All the humans are fake so why do I need you?
This filthy street was born from the dreams of a men, that's why it's so impure. I'm the one that seeks the truth in the eyes of the person. I feel the souls of the undeserving when they're down. I feel superior all the time so why even bother giving you explanations. I'll keep my thoughts to myself until my head explodes. Leave me behind for the damned zombies. They won't eat me, they'll worship me. Follow my rules and ideas, let me build my dreams and then help me destroy them. Because that's the nature of man. You destroy what you've build. Let us die in pleasure.
All we want is what we don't have. Our wishes will never be fulfilled. You'll die and your soul will wonder around the universe because you've never finished what you started. Give me your blood and let me drink it. Feed this curse that lives in me. Are you ready to become an immortal soul or are you just another weak minded human?
It's raining outside. I love to ear the tears of the Gods fall on the floor, taking the old and dry leafs with them. I wait patiently for the whispering wind to come and take those leafs away. Looking at them is like running to the oppose of me, a fragile and weak being that doesn't know how to defend itself. Am I suppose to feel pity or any other feeling for those beings? I'm condescend to anyone that talks to me, I'm an obvious hater, a selfish being that doesn't belong in any place. I like it that way. All the humans are fake so why do I need you?
This filthy street was born from the dreams of a men, that's why it's so impure. I'm the one that seeks the truth in the eyes of the person. I feel the souls of the undeserving when they're down. I feel superior all the time so why even bother giving you explanations. I'll keep my thoughts to myself until my head explodes. Leave me behind for the damned zombies. They won't eat me, they'll worship me. Follow my rules and ideas, let me build my dreams and then help me destroy them. Because that's the nature of man. You destroy what you've build. Let us die in pleasure.
All we want is what we don't have. Our wishes will never be fulfilled. You'll die and your soul will wonder around the universe because you've never finished what you started. Give me your blood and let me drink it. Feed this curse that lives in me. Are you ready to become an immortal soul or are you just another weak minded human?
Madman's words
I feel something in the air that fills my lungs, keeping my blood running trough my veins, keeping me alive. Some say that it's air, something essential to the humans and other kinds that live in this planet. This smell that fills my lungs exists, walks trough the night, it seeks for me, it wants to control me, get inside me and take me to another place. I've replaces all that I feel that is real and exists just for a life of wicked games. The sorrow that I've felt within is gone, replaced by the emptiness and void. The darkness around me is my friend and the demons in the corner are my followers. They seek help and guidance, I provide them with pain and suffering. They laugh at the sight of my image just because they know that it's and absolute nothing, a circle that will never be completed, a soul without a defined body. I'll be the mystery that hunts your thoughts at day and crashes your dreams at night. Build me up then downgrade me into a pile of worthless bones, something broken and torn. See trough the mirror this imitation of the boy I used to be, long time ago, in the happy days of our sick world.
Destroy everything that is real, happiness and sorrow, corruption and honest, lies and believes, piles of useless words that aren't good enough to describe the feelings of our head. Crash to the floor your religion, open your eyes into this dark and silent world, the demolished place that we used to call home. Set off and fly to outer space, find another planet to slowly destroy. Human race is the curse to itself. Our desire to upgrade and continue our expansion trough the Universe will end in the day that the sun won't shine anymore. Loving her to death of the star above us, the keeper of light and warm that burns my skin when it doesn't rain. Unforgiven life that has brought us here trough continents and years, centuries of story that nobody wants to know. A mystery I'll continue to be for everyone to see. This curse is the poison of our youth. Let us die. End the curse in the way that you wish, just hide me from this world. Shadows I seek when it's sun, the madman in the street dancing while it's raining. Scream madman, dance and die for the rain is here only to wash the little problems but it doesn't hide the real problem that lays in the sky.
Destroy everything that is real, happiness and sorrow, corruption and honest, lies and believes, piles of useless words that aren't good enough to describe the feelings of our head. Crash to the floor your religion, open your eyes into this dark and silent world, the demolished place that we used to call home. Set off and fly to outer space, find another planet to slowly destroy. Human race is the curse to itself. Our desire to upgrade and continue our expansion trough the Universe will end in the day that the sun won't shine anymore. Loving her to death of the star above us, the keeper of light and warm that burns my skin when it doesn't rain. Unforgiven life that has brought us here trough continents and years, centuries of story that nobody wants to know. A mystery I'll continue to be for everyone to see. This curse is the poison of our youth. Let us die. End the curse in the way that you wish, just hide me from this world. Shadows I seek when it's sun, the madman in the street dancing while it's raining. Scream madman, dance and die for the rain is here only to wash the little problems but it doesn't hide the real problem that lays in the sky.
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Sky cries
Hold me has we fall into that abyss of depression. The sun will never shine for us again, for that I thank the curse that has brought us here. If we like the silence and loneliness, the dark and mystic things, we are falling down into our own heaven, my love. If we are just fools that try to impress the others or just scare the people in the streets, we'll surely die in a die or two. Either way, I'm with you and that's what matters. Hold me close to you, pain won't harm me in this pitiful place, watched by the night demons. Sorrow will be corrupted by the happiness of loving you to death and after, to hold you and touch you until the blue sky, far away, turns into a black cloud vision, hiding the night stars and my mother, the moon, that couldn't save me. I watch you while the sky cries.
A false vision comes out of the shadows just to torment you. Let me be your guard, your protection, while you hide in fear. Let me battle the world for you. Then, after all the dust is staled, look at me with your crying eyes and see that I'm alive and the world died. No one else to judge us, no more illusions coming out of the shadows into your nightmares. Let me clean you tears with a kiss and see your clean and beautiful face. I'll tell you that I love you as much as you want, just don't ever leave me. I'll protect you from the rocks that the Devil sends on us. No more sorrow I want to see in your eyes. No more pain from where you can't take pleasure. Just the joy and happiness of us being together, just holding each other. The sky cries tears of sadness. Love has gone into an abyss. We've shown the world that humanity is doomed. Our love will help us survive the end of the world. Sky cries for you and me. I love you.
A false vision comes out of the shadows just to torment you. Let me be your guard, your protection, while you hide in fear. Let me battle the world for you. Then, after all the dust is staled, look at me with your crying eyes and see that I'm alive and the world died. No one else to judge us, no more illusions coming out of the shadows into your nightmares. Let me clean you tears with a kiss and see your clean and beautiful face. I'll tell you that I love you as much as you want, just don't ever leave me. I'll protect you from the rocks that the Devil sends on us. No more sorrow I want to see in your eyes. No more pain from where you can't take pleasure. Just the joy and happiness of us being together, just holding each other. The sky cries tears of sadness. Love has gone into an abyss. We've shown the world that humanity is doomed. Our love will help us survive the end of the world. Sky cries for you and me. I love you.
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Smile of Solitude
Imprisoned in my own mind, a dark corner that contains the deepest and most obscure sins of my soul. I see the blood coming down the walls. Some food or just my own, doesn't matter, tonight I'll drink to Death and Insanity. I'm trapped against this brick wall by the arms of the little demons from Hell, the forsaken by their master, the one's that look for the damned on Earth to take them to their lair and eat their bones. The core of my room is a vortex to the extreme of the garden of life. A wave of pain comes out of that vortex into my room. It turns itself into a storm and starts to rain. Black roses and spikes rise from the floor. They pierce me and fill me with holes. They may kill me, they may erase me, my soul will last forever.It won't be the same from now on. The darkness and solitude will be my best and only friends, like they always where, but now they're oversized, they just dominate my mind, they're my desire. No hate or anger to express, just the need to be alone in the dark, with the music braking the silence and turning my pain into thoughts of the soul. Maybe someday I'll be able to fly to the moon and just stand there, in the shadows, thinking of how is nice to be alone in the dark, no one to care, no one to annoy me, just me and my mother, the moon. When the Sun explodes and all of you die, I'll be there laughing knowing that this is the way to love. Wish I had just one more thing, the everlasting music that fills my heart when it's incomplete with sorrow. And there I won't cry, my tears won't be frozen, it will be just the smile of solitude and the moon.
Prisão de alma
O meu quarto está escuro enquanto eu olho na noite profunda, com as estrelas a brilharem lá fora. Oiço um chamamento, uma voz encantada que me atrai para o exterior. Fecho os olhos e tento resistir à tentação. Encaro a solidão de bom grado, como que uma companhia sagrada para o meu descanso eterno. Deito-me na minha cama de espinho que me perfuram os meus ossos e carne. Já não me importa a dor, pois a doce melodia que vem do exterior tomou conta do meu corpo e já me raptou a alma. Nada agora me vai salvar nesta viajem para a estrela brilhante no céu.
O negro que antes assombrava o meu quarto é agora apagado pela luz proveniente daquela estrela brilhante. Controla-me o pensamento e apaga-me a memória do meu ser. Há agora a ideia de que nada mais há para esperar que não a desintegração do meu corpo. A incandescente luz ofusca-me os olhos, deixando-me cego momentaneamente. Mas não há ninguém para se preocupar com isso. Sou elevado no ar e levado para outro lugar.
Planto rosas negras no chão do meu quarto e espero que cresçam. Imagino os espinhos que terão, o veneno que libertaram à noite para matar o seu criador, a dor que me irão causar quando nelas tocar. Sorrio, um sorriso sádico, estranhamente habitual em mim. A dor e sofrimento trazem-me satisfação, a morte trazer-me-à a salvação, a sanidade que a minha alma precisa. Esta prisão que é o meu corpo não deixa a minha alma sair.
O negro que antes assombrava o meu quarto é agora apagado pela luz proveniente daquela estrela brilhante. Controla-me o pensamento e apaga-me a memória do meu ser. Há agora a ideia de que nada mais há para esperar que não a desintegração do meu corpo. A incandescente luz ofusca-me os olhos, deixando-me cego momentaneamente. Mas não há ninguém para se preocupar com isso. Sou elevado no ar e levado para outro lugar.
Planto rosas negras no chão do meu quarto e espero que cresçam. Imagino os espinhos que terão, o veneno que libertaram à noite para matar o seu criador, a dor que me irão causar quando nelas tocar. Sorrio, um sorriso sádico, estranhamente habitual em mim. A dor e sofrimento trazem-me satisfação, a morte trazer-me-à a salvação, a sanidade que a minha alma precisa. Esta prisão que é o meu corpo não deixa a minha alma sair.
domingo, 12 de agosto de 2007
Destino
Tudo o que vejo agora é o mero reflexo de mim próprio no espelho e parece tudo tão falso. Algo fútil, um vazio da humanidade que anda por aí sem objectivo qualquer, a tentar controlar os seus impulsos naturais de demónio. Choro à chuva enquanto que grito pela minha mãe, a Lua, para me vir consolar. Estou isolado, ninguém se quer aproximar de mim e estender-me a mão. Ainda bem pois o meu orgulho também não aceitaria tal ajuda de um estranho nem de um amigo. Apenas a mão suave da minha demónia me poderia fazer levantar do chão. Mas aí cairia de novo de joelhos no chão lamacento pois a beleza dela é demasiada para um simples demónio como eu.
Sinto que cresce algo dentro de mim. Enquanto que toda a raiva e sofrimento me perseguem até ao confim da minha alma. Mando um raio de energia na direcção do nada à espera de ver algo a explodir ou algum buraco mas nada se modifica. Procuro então com a minha alma e percebo que danifiquei apenas almas perdidas, há muito que deveriam ter deixado este planeta e explorado o Universo. Volto então a chorar, gritando desesperadamente pela minha mãe, a salvação. O meu destino está manchado de sangue. Que o meu pai venha e acabe o que há para fazer
Sinto que cresce algo dentro de mim. Enquanto que toda a raiva e sofrimento me perseguem até ao confim da minha alma. Mando um raio de energia na direcção do nada à espera de ver algo a explodir ou algum buraco mas nada se modifica. Procuro então com a minha alma e percebo que danifiquei apenas almas perdidas, há muito que deveriam ter deixado este planeta e explorado o Universo. Volto então a chorar, gritando desesperadamente pela minha mãe, a salvação. O meu destino está manchado de sangue. Que o meu pai venha e acabe o que há para fazer
Frozen Tears
Death's smile on the window, while I look outside with glassy eyes, seeing the green grass growing more everyday, removing the far away house of my love, the eyes and passion flame that burns within her. The anger has caught me trapped in the see of thoughts, while the vivid memories of the sins of humanity, made in the past, long before I was born, came to my head and tortured me to the bones, eaten my flesh and skin. A fire that was spilled into my head, burn all the grey hair that I've let grow. Magically it has appeared back in this room, in this cursed house where my body will lay once I die of sorrow and sadness.
There's a hole in the middle of the floor. It keeps me back against the wall, where the wrath of the Demons of the Under World grab me with their tiny arms and pull me even more within this room. They feed of my hopes and dreams, the dreams of the chance to be with my love in the house of loneliness, in the room of darkness and black roses, that cut deeply our arms and wrists making scars in our souls. She has bled for me as much as I've struggled for her but human weakness and hunger is starting taking over us. The grief that we feel because of the distance has killed us inside but, undead, we live to be together. The blood that runs in our veins quickly comes out to the floor and becomes one more tear that came from our eyes. Frozen tears that come from the hearts of the undead.
This wooden room has summoned the Devil to eat my soul. I struggle with the strength that I have left. My soul belongs to her and no one else. I look trough the window and already my love has faded away. My anger takes control and all the Earth is destroyed. Everything except her. Her body remains are still laying in the floor of that room. By her body I sit and kill myself so our souls can fly away together and our bodies lay together forever. For the love of the Undead, we are among you all.
There's a hole in the middle of the floor. It keeps me back against the wall, where the wrath of the Demons of the Under World grab me with their tiny arms and pull me even more within this room. They feed of my hopes and dreams, the dreams of the chance to be with my love in the house of loneliness, in the room of darkness and black roses, that cut deeply our arms and wrists making scars in our souls. She has bled for me as much as I've struggled for her but human weakness and hunger is starting taking over us. The grief that we feel because of the distance has killed us inside but, undead, we live to be together. The blood that runs in our veins quickly comes out to the floor and becomes one more tear that came from our eyes. Frozen tears that come from the hearts of the undead.
This wooden room has summoned the Devil to eat my soul. I struggle with the strength that I have left. My soul belongs to her and no one else. I look trough the window and already my love has faded away. My anger takes control and all the Earth is destroyed. Everything except her. Her body remains are still laying in the floor of that room. By her body I sit and kill myself so our souls can fly away together and our bodies lay together forever. For the love of the Undead, we are among you all.
sábado, 11 de agosto de 2007
Embers
Red is the fire that burns my skin, grey is the world that I live in. I'm worshipping myself in my dark bedroom. There's no reason why, I just like it that way. In my own selfish way, I reveal the true self of this demon to the world and, in my egocentric kind of way, I say that I'm the one that cares and no one else. Vivid are my dreams at night where I control all that happens. Not far from reality, my dreams are the reflection of my thoughts. I only think of the future, so my dreams are visions of the future. Wish I would dream a way to be alone, far from everyone else. But now I want the autumn to come. I want the rain to arrive and keep people out of the streets so I can walk and cry by myself. But this ember won't stop burning, not until the sun stops shinning.
I sit down in my own thoughts, I reflect about myself. This fire has eaten my skin and is now trying to consume my soul. While my spirit wonders freely, my mind keeps itself focused on something more than this world. I wish to be free. That's the problem, but the one's that see it think that I should shut up and keep it to myself. Life's a pain, that's why I'm burning. This ember represents all the evil in me, the sins that I've done by my own laws. I don't and I won't worship a false god, something made up by the human mind to comfort them in their darkest hour. The face of Death will reveal itself to me. This ember won't stop burning. I'm alive, it consumes me.
Flames from Hell come into my direction. A motorcycle on fire without a rider comes my way and takes my energy with it. I hear the laugh of the Devil as I fall to my knees. Maybe nothing more to me than to burn in the fire pits of Hell, in those red warm waters that burn skin as smoothly as the eagle flies in the mountain skies. No game is this life. What is behind the horizon? What are the hills hiding? Hopefully the rain clouds that will erase this embers from me. Put down the fire that burns in my arms just with the holy tears of the Gods. Make me new, make me fresh, make me the demon that I am.
I sit down in my own thoughts, I reflect about myself. This fire has eaten my skin and is now trying to consume my soul. While my spirit wonders freely, my mind keeps itself focused on something more than this world. I wish to be free. That's the problem, but the one's that see it think that I should shut up and keep it to myself. Life's a pain, that's why I'm burning. This ember represents all the evil in me, the sins that I've done by my own laws. I don't and I won't worship a false god, something made up by the human mind to comfort them in their darkest hour. The face of Death will reveal itself to me. This ember won't stop burning. I'm alive, it consumes me.
Flames from Hell come into my direction. A motorcycle on fire without a rider comes my way and takes my energy with it. I hear the laugh of the Devil as I fall to my knees. Maybe nothing more to me than to burn in the fire pits of Hell, in those red warm waters that burn skin as smoothly as the eagle flies in the mountain skies. No game is this life. What is behind the horizon? What are the hills hiding? Hopefully the rain clouds that will erase this embers from me. Put down the fire that burns in my arms just with the holy tears of the Gods. Make me new, make me fresh, make me the demon that I am.
Blasphemer
The wind whispers the words of truth into a blasphemer mind, a mind so self-centred, so close that it doesn't let the thoughts of others in. No story of old times to tell, now only the fate of the damned to see and happen. Pray to your fake gods that the truth never mixes with the lie of humanity. False intentions in the blasphemer eyes, no soul to rest in piece once his body dies. A spirit wondering free, a soul that cries in the children's dreams, the body decays while the memory remains.
He keeps the fire burning at the cold winter night, while he rests his body and soul and refreshes the data of his mind, the things that he refused to learn today. It's raining outside and after a day with good friends, he needs the night alone. Solitude to his mind to reflect. Maybe even open a little, let something important in life to get into that closed room. In the darkness, he paints he's fate and life of a different colour, he believes that he'll fly, that he'll live to see the day that Earth will explode.
He turns the radio on and lets the music take over. The sweet symphonic melody that flies in the air, the mind reader of the closed room. He seeks the void that will take him to eternity. Maybe in the blasphemer mind, he's the truth itself.
He keeps the fire burning at the cold winter night, while he rests his body and soul and refreshes the data of his mind, the things that he refused to learn today. It's raining outside and after a day with good friends, he needs the night alone. Solitude to his mind to reflect. Maybe even open a little, let something important in life to get into that closed room. In the darkness, he paints he's fate and life of a different colour, he believes that he'll fly, that he'll live to see the day that Earth will explode.
He turns the radio on and lets the music take over. The sweet symphonic melody that flies in the air, the mind reader of the closed room. He seeks the void that will take him to eternity. Maybe in the blasphemer mind, he's the truth itself.
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Thy Demon
Hell's all the same, pain and torture, lakes of fire and stones thrown at me for the sins and the mistakes of my lifetime. It was a mistake, a misunderstood, an error of fate. I'm all that. Nothing at all, I shouldn't even been born, I didn't wanted to live so why am I here? I remember vividly those days of happiness, such a fool I was. No grey or black in me, nothing bad in my way except for life itself. A fate so codenamed even before I was born. Why was I born when all I wanted was to let my soul fly trough out my Universes.
I don't feel like crying, not even in the dark when I'm alone, not even when it's raining and it doesn't makes a difference. I've stooped listening to you all a long time ago. I'm making myself alone but still you try to impose yourself in me. I refuse to live your dreams, I want to make my own if I'm allowed to. My errors, my sins have dragged me into the fate of Hell, the torture of Hell, surely better than the torture of life. I'll seek the void that is the passage from this life to hell, I'll try to understand the reasons why, why so many hate, so much fear inside me. The destiny of thy demon, my soul, condemned again.
I don't feel like crying, not even in the dark when I'm alone, not even when it's raining and it doesn't makes a difference. I've stooped listening to you all a long time ago. I'm making myself alone but still you try to impose yourself in me. I refuse to live your dreams, I want to make my own if I'm allowed to. My errors, my sins have dragged me into the fate of Hell, the torture of Hell, surely better than the torture of life. I'll seek the void that is the passage from this life to hell, I'll try to understand the reasons why, why so many hate, so much fear inside me. The destiny of thy demon, my soul, condemned again.
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Escuridão
Um buraco na parede, a passagem de uma bala que perfurou pessoas, paredes, árvores entre outras coisas. Por esse buraco eu espreito, com receio, procurando encontrar a resposta para as minhas perguntas na minha mente, os meus objectivos nesta vida, as opções que tenho para seguir em frente. Escondo-me quando vejo outro olho a olhar pelo pequeno buraco na parede. Tapo o buraco e escondo-me na escuridão do meu quarto. Um quarto que outrora conteve cores e vida. Agora apenas a escuridão e solidão dominam aquele refúgio para a minha mente, onde deixo os pensamentos mais profundos, presos debaixo da minha cama para nunca escaparem para o mundo exterior, onde causaria o caos e destruição da humanidade. talvez nem seria assim tão mau, tendo em conta que a humanidade já está a destruir tudo à sua volta.
Deito-me na cama e recomeço a reflectir. Os pensamentos presos voltam a soltar-se, correm como loucos de volta à minha mente e, a música que quebra o silêncio, ajuda-me a cair no sono profundo os pesadelos gerados pela mente tomam conta e assustam-me de forma a que fuja, que desperte para nunca mais voltar a adormecer. Mas a escuridão e a solidão controlam aquele quarto, o refúgio da minha mente e os pesadelos são facilmente derrotados e afastados, deixando-me dormir o sono eterno, do qual não desejo nem vou voltar a acordar. Olho para a escuridão enquanto me deixo cair no precipício do sono, não tentando puxar-me para cima mas sim tentando puxar a escuridão para baixo comigo, para nos escondermos para sempre de todo o mundo.
Deito-me na cama e recomeço a reflectir. Os pensamentos presos voltam a soltar-se, correm como loucos de volta à minha mente e, a música que quebra o silêncio, ajuda-me a cair no sono profundo os pesadelos gerados pela mente tomam conta e assustam-me de forma a que fuja, que desperte para nunca mais voltar a adormecer. Mas a escuridão e a solidão controlam aquele quarto, o refúgio da minha mente e os pesadelos são facilmente derrotados e afastados, deixando-me dormir o sono eterno, do qual não desejo nem vou voltar a acordar. Olho para a escuridão enquanto me deixo cair no precipício do sono, não tentando puxar-me para cima mas sim tentando puxar a escuridão para baixo comigo, para nos escondermos para sempre de todo o mundo.
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Actions corrupted
False intentions in the minds of humans. The will to kill over powers the will to do what's right. The Earth's end is coming but human kind is still trying to take the life away from the other beings of this doomed planet. The curse of the dead has once again took over the mind of humanity and now the unholy sin is about to begin. Murder in the streets, children with guns on their hands, the violence in the eyes of the angels, the pleasure of the demons. Sorrow in the eyes of the women that see their husbands leave home into the fields of Death, knowing that it's their fate to die and can't do anything about it. The men's, the one that will die, they cry at night, in the middle of the desert, thinking how they left their children and wifes. They'll die, in the fields of death.
In the sands of time, their bodies trapped, forever more the bones will remain in silence under the hundred marching feet, feet that march to war, death or glory. Who's the first to fall for their country? Blasphemy seen in the television, told by the supposed leaders that won't even battle in the field. If one should fight, he should fight for his own principals, for the one's that he loves, not for anything that comes out of those blasphemers. Saints are the one's that die for others, not the mythical creatures that people like to believe that exist.
In the sands of time, their bodies trapped, forever more the bones will remain in silence under the hundred marching feet, feet that march to war, death or glory. Who's the first to fall for their country? Blasphemy seen in the television, told by the supposed leaders that won't even battle in the field. If one should fight, he should fight for his own principals, for the one's that he loves, not for anything that comes out of those blasphemers. Saints are the one's that die for others, not the mythical creatures that people like to believe that exist.
New world
It's a long path, a road made of stones and blood, surrounded by darkness and fear and, in the middle of the haze, we hold hands and look to each other and simply know that we're safe. We get lost in the walk of the night because the watcher has no control over us and the fate of the Earth isn't in our hands now. You're all doomed. So we continue to walk this road. We feed ourselves from each other souls. And continue walking alive and well.
I got lost in her eyes. Now she's leading the way. This haze around us is only broken by the fire that is burning inside of us. This fire, maybe the fire of love, lights the little space in front of us and it protects us against the monsters in our heads. The blood that we drink, the souls that we've consumed, the sins that we've made have brought us here and condemned mother Earth into certain doom. We'll soon going to be lost in space but since I'm lost in her eyes, I don't care. Nothing more than a way to say that I'm alive.
The rain has started to fall and even more powerful I feel, looking inside of her eyes, controlling the heart beatings, the thoughts that are mixed into an ideal world, created and ruled by us. No more monsters in our dreams or under our beds, no fear of death or hurt. Worshiping the madness in my eyes, she walks, she loves, she guides me into the new world that we've build. Dead in vain, lived to be a void. For her only...
I got lost in her eyes. Now she's leading the way. This haze around us is only broken by the fire that is burning inside of us. This fire, maybe the fire of love, lights the little space in front of us and it protects us against the monsters in our heads. The blood that we drink, the souls that we've consumed, the sins that we've made have brought us here and condemned mother Earth into certain doom. We'll soon going to be lost in space but since I'm lost in her eyes, I don't care. Nothing more than a way to say that I'm alive.
The rain has started to fall and even more powerful I feel, looking inside of her eyes, controlling the heart beatings, the thoughts that are mixed into an ideal world, created and ruled by us. No more monsters in our dreams or under our beds, no fear of death or hurt. Worshiping the madness in my eyes, she walks, she loves, she guides me into the new world that we've build. Dead in vain, lived to be a void. For her only...
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Rain
It's raining. The water drops in the floor. It seems so fragile, so weak that just makes me want to catch it and kill it for being so weak and not changing it. It makes me feel so powerful, so energetic that I jump and I laugh. But somehow the sun is now shinning and the tears of the Gods have stopped. No more rain to make me feel good. Now I'm seeing the sun and it burns. It makes me feel low and it kills me. how can I continue without my rain.
The rain has come. The rain has passed but now it's back. It makes me smile. I got up and ran. I'm seeing the tears falling upon the stone in the ground. The haze comes with the rain. More energy for me. I'm feeling soft and happy. It may be dangerous but now only the rain matters. I'm alone, I'm looking trough the glass to the rain, it makes me powerful and the loneliness makes me happy. I'm alive watching the Gods die. I'm their rain.
Rain. You help when I'm feeling down. You let me cry when I need because you're the cover to all my pain and solitude. You're all that I have in this dark and dangerous world. With you I feel home and safe. It's you that comforts me and that wash my hands from the sins that I've made in the past. Glue me together when I'm broken, keep me up and standing when I'm about to fall or let me die in a blurry grave. Wash the tears from my face when the gods cry. Make me powerful, make me alive, make me myself because I need to feel it.
The rain has come. The rain has passed but now it's back. It makes me smile. I got up and ran. I'm seeing the tears falling upon the stone in the ground. The haze comes with the rain. More energy for me. I'm feeling soft and happy. It may be dangerous but now only the rain matters. I'm alone, I'm looking trough the glass to the rain, it makes me powerful and the loneliness makes me happy. I'm alive watching the Gods die. I'm their rain.
Rain. You help when I'm feeling down. You let me cry when I need because you're the cover to all my pain and solitude. You're all that I have in this dark and dangerous world. With you I feel home and safe. It's you that comforts me and that wash my hands from the sins that I've made in the past. Glue me together when I'm broken, keep me up and standing when I'm about to fall or let me die in a blurry grave. Wash the tears from my face when the gods cry. Make me powerful, make me alive, make me myself because I need to feel it.
Fogo ardente
Caminho nas ruas inseguras da noite. Sinto o toque da tua alma. Conforta-me. Por tal continuo a caminhar. Sinto-te mas não te toco. Mas uma razão para caminhar. O nevoeiro tenta enganar-me. Quase que me cega, mas continuo a caminhar. Porque és tu que me aqueces a alma, são os teus olhos que me guiam, a tua alma que me chama. Fogo ardente que me tira lentamente a pele, revelando a alma contida por entra uma estrutura de ossos e uma camada de músculos. Continuas a aquecer-me durante a noite.
Nestas ruas que caminho, com o nevoeiro serrado a tentar enganar-me, com a morte a seguir-me, o calor do teu corpo é a razão pela qual continuo a caminhar. As sombras não passam de meras distracções que duram segundos, ilusões de objectos e pessoas que vemos. Mas como podem haver sombras se não há uma luz para iluminar os objectos e pessoas? Nada me importa agora. Este fogo ardente está a consumir-me por dentro. A ansiedade cresce rapidamente.
Continuo esta caminho obscuro com a esperança de te ver, talvez até tocar-te. Entretanto agradeço a solidão e o silêncio que me ajuda a reflectir.
Nestas ruas que caminho, com o nevoeiro serrado a tentar enganar-me, com a morte a seguir-me, o calor do teu corpo é a razão pela qual continuo a caminhar. As sombras não passam de meras distracções que duram segundos, ilusões de objectos e pessoas que vemos. Mas como podem haver sombras se não há uma luz para iluminar os objectos e pessoas? Nada me importa agora. Este fogo ardente está a consumir-me por dentro. A ansiedade cresce rapidamente.
Continuo esta caminho obscuro com a esperança de te ver, talvez até tocar-te. Entretanto agradeço a solidão e o silêncio que me ajuda a reflectir.
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