segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Anjo do silêncio

Porque olhas para o horizonte vermelho enquanto que o Sol caí no abismo do Universo, chorando pelas almas que passaram pela tua vida e tu perdeste? Mantém a tua cabeça levantada pois muitas outras almas por ti passarão, por ti sentirão emoções que a mente produz, ilusões que apenas te fazem desejar tu própria caíres no abismo do Universo. Mentiras e traições constituem esta vida, uma picada venenosa de uma besta feroz qualquer, saída do canto obscuro da tua alma, enquanto que tu te sentes e perdida e confusa, esperando um sinal meu na noite preenchida pelo nevoeiro que torna o teu caminho enigmático. Guia-te pela minha constelação, Scorpius, agarra a minha mão e caminha comigo para o futuro incerto.
A noite é fria e o mistério e o medo são apenas alimentados pelo crepúsculo trazido pelo nevoeiro cerrado que te cobre. Mas mesmo sem te ver, sinto a tua alma. Chama por mim, chora o meu nome e vê a luz da porta de casa quando te sentires perdida. A humanidade condenou-se à nascença, um futuro condenado à destruição por uma estrela que lhes fornece luz e calor. Deixaram neste planeta a sua marca, criaram a destruição de mais um planeta que foi criado para uma lenda e não para ser engolido por um buraco negro. Nem mesmo a tua alma acarinhada pelos deuses, desejada pelos eternos fogos do Inferno e consumida pela maldição que cerca a humanidade, pode salvar esta terra do destino pelos humanos escolhido.
No silêncio caminhamos, por entre o nevoeiro enigmático para o futuro incerto.

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