Tudo o que vejo agora é o mero reflexo de mim próprio no espelho e parece tudo tão falso. Algo fútil, um vazio da humanidade que anda por aí sem objectivo qualquer, a tentar controlar os seus impulsos naturais de demónio. Choro à chuva enquanto que grito pela minha mãe, a Lua, para me vir consolar. Estou isolado, ninguém se quer aproximar de mim e estender-me a mão. Ainda bem pois o meu orgulho também não aceitaria tal ajuda de um estranho nem de um amigo. Apenas a mão suave da minha demónia me poderia fazer levantar do chão. Mas aí cairia de novo de joelhos no chão lamacento pois a beleza dela é demasiada para um simples demónio como eu.
Sinto que cresce algo dentro de mim. Enquanto que toda a raiva e sofrimento me perseguem até ao confim da minha alma. Mando um raio de energia na direcção do nada à espera de ver algo a explodir ou algum buraco mas nada se modifica. Procuro então com a minha alma e percebo que danifiquei apenas almas perdidas, há muito que deveriam ter deixado este planeta e explorado o Universo. Volto então a chorar, gritando desesperadamente pela minha mãe, a salvação. O meu destino está manchado de sangue. Que o meu pai venha e acabe o que há para fazer
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